O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou neste sábado
(madrugada de domingo em Brasília) que o acordo fechado em Genebra sobre
o programa nuclear iraniano "torna o mundo mais seguro".
Obama confirmou que o acordo congelará durante os próximos seis meses o
programa nuclear do Irã com o objetivo de que este seja "completa e
exclusivamente para objetivos pacíficos".
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A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, confirmaram esta noite da capital suíça que o G5+1 (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China mais Alemanha) fechou um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear.
"Temos um acordo", escreveram igualmente no Twitter o ministro iraniano e o porta-voz de Ashton, Michael Mann.
Keystone, Martial Trezzini/AP Photo | ||
Catherine Ashton, chefe da diplomacia da União Europeia; Mohammad Javad Zarif, ministro iraniano das Relações Exteriores do Irã; e Wang Yi, ministro chinês de Relações Exteriores |
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse quase no final do dia que 98% do acordo estava fechado, mas também reconheceu que os "assuntos restantes são difíceis e precisavam da tomada de importantes decisões".
Diversas fontes, incluindo iranianas, confirmaram que o último tema importante de divergência estava relacionado com o funcionamento do reator nuclear de Arak (noroeste do Irã), que está em construção e poderia produzir plutônio, elemento capaz de substituir o urânio enriquecido na fabricação de uma bomba atômica.
Além disso, outro ponto fundamental tinha a ver com as medidas que o Irã terá que tomar para garantir a natureza pacífica de seu programa nuclear, com uma ênfase particular no enriquecimento de urânio a 20%.
COMISSÃO
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse que uma comissão conjunta será a encarregada de verificar a implementação do acordo fechado neste domingo com um grupo de seis potências.
Em entrevista coletiva, Zarif se declarou confiante de que este acordo "vai na direção correta" para restaurar a confiança de quem suspeitava que suas atividades nucleares pudessem ter fins militares.
No entanto, acrescentou que se trata de "um primeiro passo" e que agora todas as partes devem continuar trabalhando juntas "e sobre uma base de igualdade e respeito mútuo" para garantir este resultado a longo prazo.
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