Evento já está na terceira edição e terá a participação de 13 concorrentes que vestem manequins tamanho 46 até 56
Rio - Em meio ao burburinho da Feira de São Cristóvão, um grupo de belas mulheres chamou atenção nesta quinta-feira. “Já que é um concurso de gordinha, vamos para um restaurante?”, convidou a madrinha do concurso a Mais Bela Gordinha do Rio, Hélady Araújo, 38.
Autoestima em alta
A participante Joice Aguilera, de 24 anos e manequim 52, falou que detesta ouvir que ‘tem um rosto bonito’. “Respondo que tenho um corpo também”, contou. Ela disse que ainda está tentando emagrecer, mas que gosta de ser gordinha. "Quero emagrecer, mas vou continuar plus size", riu.
Satisfeitas com o próprio corpo, as participantes garantem que agradam a ala masculina: "Recebemos muitas cantadas e elogios no Facebook", contou Hélady. A cabelereira Cláudia disse que tem namorado: "Ele diz que sou perfeita. Não tenho vontade de emagrecer".
A corretora de imóveis, Inara Simões, 28, contou que sofreu muito bullying na infância. "Sempre falam 'ah, por que você não emagrece?'. Hoje parei de lutar com o meu peso e amo meu corpo", afirmou. As participantes contaram sobre o preconceito sofrido, como piadinhas na praia e no shopping. A enfermeira Elisângela Albuquerque, 36, disse que com ela a discriminação surgiu dentro de casa. "Minha mãe, minha irmã, até meu marido. Depois que entrei no mundo plus size, me fortaleci e eles me olham de outra maneira", contou.
Uma das grandes revelações do concurso, é auxiliar de cabeleireiro Bruna Lorrane, 36. Ela contou que ficou nove meses dentro de casa com vergonha e medo depois de engordar durante a primeira gravidez. Mãe de dois filhos hoje ela afirma que vai à praia de biquini. "Mas não é fácil", disse timidamente.
Débora Linhares, 25, usa manequim 46 e falou dos cuidados com a saúde. "Eu não faço opções saudáveis para emagrecer. Faço para ser saudável", declarou a assistente social. Como a maioria das participante Cláudia Portella, 32, também afirmou ter a saúde perfeita. “Acabei de fazer um check-up e está tudo certo”, contou. A cabeleireira se diz muito feliz com manequim 50. “Nunca pensei que fosse dizer isso, mas eu amo ser gordinha.”
Para a organizadora do evento, a maior premiação, além da coroa e faixa de vencedora, é a recuperação do amor próprio. "Mais do que os prêmios elas ganham autoestima", concluiu.
Reportagem de Clara Vieira e Flora Castro
Na contramão do padrão de beleza dos desfiles de moda, os cariocas vão eleger nesta sexta-feira a gordinha mais bonita da cidade. O evento será realizado no Palco João do Vale no Pavilhão de São Cristóvão, às 20h. Em sua terceira edição, o concurso contará com 13 concorrentes que vestem número entre 46 e 56 e reúne donas de casa, enfermeiras e esteticistas.
A idealizadora do prêmio, Cláudia Ferreira, 32, quis criar o concurso para levantar a auto estima das mulheres. “Tinha a necessidade de mostrar para o mundo que a beleza não tem tamanho”, disse.
A atriz Hélady Araújo, que veste manequim 52, começou como jurada em 2014 e logo foi eleita madrinha do evento: "Vi como a autoestima delas melhora com esse concurso. É um orgulho", elogia. Os critérios de julgamento são postura, simpatia, beleza e desenvoltura. "Não fazemos apologia à obesidade, mas um trabalho de aumento da autoestima. Às vezes é preciso fazer uma reeducação alimentar ou até emagrecer. Importante é se amar do jeito que é", conta a atriz.
Outros cinco estados já foram palco da disputa. As campeãs estaduais não precisam pagar a taxa de inscrição do concurso nacional, que será realizado no dia 15 de maio, também em São Cristóvão. Não é necessário ter participado das etapas regionais para concorrer ao título de ‘Mais Bela Gordinha do Brasil’. A inscrição custa R$450 e termina quando 50 meninas se inscreverem.Autoestima em alta
A participante Joice Aguilera, de 24 anos e manequim 52, falou que detesta ouvir que ‘tem um rosto bonito’. “Respondo que tenho um corpo também”, contou. Ela disse que ainda está tentando emagrecer, mas que gosta de ser gordinha. "Quero emagrecer, mas vou continuar plus size", riu.
Satisfeitas com o próprio corpo, as participantes garantem que agradam a ala masculina: "Recebemos muitas cantadas e elogios no Facebook", contou Hélady. A cabelereira Cláudia disse que tem namorado: "Ele diz que sou perfeita. Não tenho vontade de emagrecer".
A corretora de imóveis, Inara Simões, 28, contou que sofreu muito bullying na infância. "Sempre falam 'ah, por que você não emagrece?'. Hoje parei de lutar com o meu peso e amo meu corpo", afirmou. As participantes contaram sobre o preconceito sofrido, como piadinhas na praia e no shopping. A enfermeira Elisângela Albuquerque, 36, disse que com ela a discriminação surgiu dentro de casa. "Minha mãe, minha irmã, até meu marido. Depois que entrei no mundo plus size, me fortaleci e eles me olham de outra maneira", contou.
Uma das grandes revelações do concurso, é auxiliar de cabeleireiro Bruna Lorrane, 36. Ela contou que ficou nove meses dentro de casa com vergonha e medo depois de engordar durante a primeira gravidez. Mãe de dois filhos hoje ela afirma que vai à praia de biquini. "Mas não é fácil", disse timidamente.
Débora Linhares, 25, usa manequim 46 e falou dos cuidados com a saúde. "Eu não faço opções saudáveis para emagrecer. Faço para ser saudável", declarou a assistente social. Como a maioria das participante Cláudia Portella, 32, também afirmou ter a saúde perfeita. “Acabei de fazer um check-up e está tudo certo”, contou. A cabeleireira se diz muito feliz com manequim 50. “Nunca pensei que fosse dizer isso, mas eu amo ser gordinha.”
Para a organizadora do evento, a maior premiação, além da coroa e faixa de vencedora, é a recuperação do amor próprio. "Mais do que os prêmios elas ganham autoestima", concluiu.
Reportagem de Clara Vieira e Flora Castro
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