doenças da liderança, segundo o papa
1/17/Reuters
O que o líder de uma equipe pode aprender com o papa Francisco? Para o especialista em gestão norte-americano Gary Hamel, muitas coisas. A partir de um recente discurso do pontífice sobre as mazelas do Vaticano, o autor elaborou uma lista das 15 doenças que podem acometer um executivo.
Segundo o artigo publicado na Harvard Business Review, gestores são tão sensíveis a patologias quanto qualquer ser humano. Mas, quando elas não são tratadas, o trabalho de toda uma equipe pode desmoronar. Veja a seguir as "doenças" listadas pelo papa e como elas comprometem a saúde da liderança.
Pensar que somos imortais, imunes
ou indispensáveis
2/17thinkstock
O líder que não tem auto-crítica e se julga acima daqueles que trabalham
para ele sofre da "patologia do poder". De acordo com Hamel, a
pessoa é tomada por um complexo de superioridade e deixa de se
importar com os mais fracos.
Trabalho em excesso
3/17Tim Pannell/Fuse/Thinkstock
Pessoas que mergulham no trabalho sem reservar tempo para
descanso acabam se estressando e perdendo a concentração.
Para o especialista, a ocupação excessiva mostra desequilíbrio
entre trabalho e vida pessoal. Um tempo de descanso é
necessário e permite recarregar as baterias.
"Petrificação"
4/17thinkstock
Líderes que tem um "coração de pedra" tendem a perder serenidade,
agilidade e ousadia, defende Hamel. Substituir a sensibilidade
humana por pura formalidade também é perigoso quando se lida
com um grupo. Como afirmou o papa, um líder precisa de
desprendimento e generosidade.
Planejamento sem limite
5/17Stock.Xchange
Quando um gestor planeja tudo até o último detalhe por medo
do imprevisível, o processo criativo perde a espontaneidade.
Organização é importante, desde que haja espaço para a
intuição e o improviso, diz Hamel.
Falta de coordenação
6/17Robson Talaveiras/ stock.xchng
Se um líder perde o senso de comunidade e o objetivo de
integrar seu grupo, o sistema todo perde seu equilíbrio.
Segundo o especialista, o grupo que não é regido com
"camaradagem" e trabalho em equipe vira "uma
orquestra que produz ruído", comprometendo resultados.
"Alzheimer" da liderança
7/17thinkstock
Acontece quando um líder se esquece da gratidão que
deve àqueles que sempre o apoiaram ou trouxeram
inspiração. Tal reconhecimento não deve perder lugar
para "caprichos" e "obsessões", considera Hamel.
Rivalidade
8/17thinkstock
Segundo o especialista, o título de líder não serve para contar
vantagem sobre os outros. O dever fundamental do líder
seria justamente o oposto: atentar-se para os interesses
e anseios de sua equipe.
"Esquizofrenia existencial"
9/17thinkstock
É a doença de quem vive uma vida dupla e marcada pela
hipocrisia. Segundo Hamel, acontece quando o gestor
se isola de clientes e funcionários e se dedica apenas a
questões burocráticas, perdendo contato com a realidade.
Fofoca
10/17Stock Exchange
O artigo descreve a fofoca como uma "grave doença" que
começa às vezes em uma conversa simples, mas pode
sujar o nome de um colega e contaminar a harmonia
que existe numa equipe.
"Puxa saquismo"
11/17Divulgação
É a patologia que atinge aqueles que cortejam seus
superiores com o interesse de ganhar uma promoção.
Para isso, ressalta Hamel, deixam de lado os objetivos
da equipe como um todo. Líderes são afetados por esta
doença quando incentivam e tiram proveito da
cumplicidade de seus subordinados.
Indiferença
12/17thinkstock
Acontece quando o profissional mais experiente não
compartilha seu conhecimento com aqueles que estão
começando. Por "ciúmes ou engano", a pessoa guarda
para si o aprendizado que poderia ser útil para o
desenvolvimento da equipe.
Excesso de severidade
13/17Thinkstock
Ocorre com o gestor que acredita que, para ser sério
e respeitado, é preciso ser austero. Na verdade,
ressalta Hamel, o excesso de severidade é um sintoma
de medo e insegurança. Sempre que possível, o líder
deve se esforçar para ser cortês, bem humorado e
transmitir entusiasmo.
Acumulação compulsiva
14/17Freeimages.com
É o caso de quando o líder tenta acumular bens materiais,
não por necessidade, mas para se sentir seguro.
Segundo palavras do papa destacadas por Hamel,
nenhuma riqueza pode preencher o “vazio de um coração”.
Círculos fechados
15/17thinkstock
Acontece quando a vontade de pertencer a um grupo "seleto"
da liderança se torna maior do que a identidade de uma
equipe. Também começa com boas intenções, mas pode
acabar fragmentando uma organização.
Extravagância
16/17Divulgação
Ocorre com pessoas que tentam acumular poder a qualquer
custo e fazem de tudo para mostrar que são mais
capazes que os outros. Tal comportamento é danoso,
argumenta Hamel, porque leva as pessoas a justificar
o uso de quaisquer meios para atingir seu objetivo.
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