4.19.2015

HIDROFOBIA

Você sabe o que é hidrofobia, (distúrbio psicológico)?
 
 
Esta é uma apresentação simplificada sobre uma das patologias que estudamos em Saúde Mental. Trata-se de uma patologia denominada hidrofobia.
 
        Na psiquiatria o tema "fobia" significa medo patológico, e não apenas o medo natural que apresentamos quando sentimos que precisamos nos defender de algum perigo real. A fobia possui vários subtipos e, dentro da psiquiatria está inserida em um grupo de transtornos denominado “Grupo de Transtornos fóbico ansiosos” nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam atualmente nenhum perigo.

       A fobia aqui abordada é a hidrofobia, uma fobia do tipo específica ambiental, onde a pessoa sofre um medo patológico de entrar em contato com a água: mergulhar, lavar-se no chuveiro, lavar o rosto ou até o extremo de não conseguir ao menos visualizar fotos de águas ou observar uma piscina. Sua causa, muitas vezes está relacionada a um trauma que envolva água. O nome hidrofobia, que significa “aversão à água” é muitas vezes confundido erroneamente com outra doença viral transmitida pela mordida de cães infectados, conhecida popularmente por “Raiva” porque nesta, a pessoa acometida não consegue beber água, mas, nesse caso, a hidrofobia é apenas um sintoma da doença, e, no estudo que estamos abordando, a hidrofobia é o nome de um tipo de fobia, de um transtorno mental que nada tem a ver com doenças infecto-contagiosas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 

 

 



FISIOPATOLOGIA DA HIDROFOBIA
        A pessoa passa por alguma experiência(na qual a água está presente),tais como cair numa piscina, escorregar na banheira, engasgar com líquidos, presenciar um afogamento, e isto fica registrado em sua memória como algo negativo.
        Dependendo de como essa pessoa experimentou a situação ela fará(mesmo sem perceber) uma avaliação identificando então a água como uma ameaça, um mal ou um risco de perda, gerando em seu psicológico o medo de entrar em contato com a água ou dependendo de como a pessoa avaliou a situação esta pode se agravar para uma fobia(medo descontrolado patológico).
        O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da frequência cardíaca, taquinéia, e energização dos músculos. O estímulo pode ser uma aranha, uma apresentação em público ou até mesmo a batida da porta. A partir de então para essa pessoa a água e estressor e, quando presente a pessoa experimenta um estresse(chamado estresse negativo) pois provoca uma cascata de reações fisiológicas, bioquímicas e neuropsicológicas que por serem desnecessárias tornam-se desgastantes para o organismo da pessoa e afeta sua qualidade de vida.
        Quando a pessoa vê a água, mesmo em fotos (dependendo do caso ou mesmo quando relembra)ela experimenta a chamada reação de fuga ou luta que é a mesma que ocorre quando sentimos que estamos em perigo ou quando sofremos uma lesão ou trauma doloroso.
        Para produzir a reação de luta e fuga, o hipotálamo ativa dois sistemas: o sistema nervoso simpático eo sistema adrenocortical.O primeiro usa veias nervosas para iniciar reações no corpo, ao passo que o segundo usa a corrente sanguínea.Os efeitos combinados dos dois sistemas são as reações de luta e fuga.
        Quando o hipotálamo informa ao sistema nervoso simpático que e´hora de entrar em ação, o efeito geral é o aceleramento do corpo que fica tenso e mais alerta.O sistema nervoso simpático envia impulsos para as glândulas e músculos lisos e diz a medula adrenal para liberal adrenalina e noradrelina na corrente sanguínea.
        Esses “hormônios do estresse” efetuam um aumento da frequência cardíaca e na pressão sanguínea. Ao mesmo tempo o hipotálamo livra o fator de liberação de corticotropina(CRF), na glândula pituitária ativando o sistema adrenocortial.A glândula pituitária( uma das principais glândulas endócrinas) secreta o hormônio ACTH(hormônio adrenocorticotrópico), que se move pela corrente sanguínea e finalmente chega ao córtyex adrenal no qual ativa a liberção de aproximadamente trinta hormônios diferentes para preparar o corpo para lidar com uma ameaça.
A vazão repentina da adrenalina , noradrenalina e vários outros hormônios causa mudanças no corpo:
·         Aumento da pressão e frequência cardíaca;
·         Pupilas dilatam para receber a maior quantidade de luz;
·         As artérias da pele se contraem para enviar uma quantidade de sangue mais significativa aos grupos musculares maiores(reação responsável pelos calafrios);
·         Hipoglicemia;
·         Músculos se enrijecem energizados por adrenalina e glicose.
        Todas essas reações físicas tem a intenção de ajudar a pessoa a sobreviver a uma situação de perigo. O medo (e a reação de fuga e luta em particular) é um instinto que todo animal possui, porém no hidrofóbico é uma reação que não está cumprindo sua função fisiológica, ao invés disso está levando-o constantemente aum stress desnecessário e portanto desgastante e negativo que precisa ser tratado, uma vez que toda essa “sensação de pânico e morte” que ele experimenta , leva-o a afastar-se completamente de situações que considere risco de afogar-se ou asfixiar-se com água, comprometendo sua qualidade de vida pessoal a com sua família e sociedade podendo tam bém levá-lo a depressão, síndrome do pânico e debilitando o seu organismo tornando-o mais susceptível a doenças



 
Referências Bibliograficas e Sites Consultados:
 
 
Referências bibliográficas

PERRY & POTTER. Fundamentos de Enfermagem, Guanabara Koogan, São Paulo 7 Ed. 2010

Sites:
http://www.psicologia.pt/instrumentos/dsm_cid/
http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl23.htm
http://www.aquabrasil.info/medo_h2o.shtml
http://www.hidrocenteracademia.com.br/web/news_detalhes.php?id_noticia=167
http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/78/imprime153382.asp
http://www.infoescola.com/psicologia/hidrofobia/
 
OBS.: Todas as fotos aqui apresentadas foram capturadas via google imagens a partir de palavras chave apenas para auxiliar na compreensão dos textos.
 
 
 

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