Zurique, 10/05/2015 - A Organização Mundial da Saúde
(OMS) declarou a Libéria livre do Ebola, marcando o
fim de uma epidemia nacional que infectou quase
400 novas pessoas por semana no auge da crise.
Mesmo assim, o risco não sumiu, já que nos vizinhos
Guiné e Serra Leoa a doença ainda continua fazendo
novas vítimas. A OMS estima que a epidemia no oeste
da África, a pior desde que o vírus foi descoberto,
em 1976, matou mais de 11 mil pessoas.
Em comunicado divulgado neste sábado, a OMS
afirma que a Libéria ficou 42 dias - duas vezes o
período máximo de incubação do Ebola - sem
novas contaminações. O prazo é contado a partir
do enterro do último paciente confirmado com a
doença. No auge da crise, o número de pacientes
com Ebola dobrava a cada mês, lotando unidades
de saúde e deixando muitas vítimas sem tratamento
adequado. Mais de 26,5 mil foram infectados na região.
Apesar do fim da epidemia na Libéria, entidades
humanitárias internacionais e especialistas alertam
contra a complacência. "A vigilância nas fronteiras
precisa ser aumentada. Não podemos descansar
até que os três países estejam livres do Ebola",
comentou Maria Teresa Cacciapuoti, diretora da
missão do Médicos Sem Fronteiras na Libéria.
Além das mortes, a epidemia gerou prejuízos econômicos
devastadores para os três países africanos mais afetados,
que já estão entre os mais pobres do mundo. O Banco
Mundial estima que as perdas este ano podem chegar
a US$ 2,2 bilhões, sendo US$ 240 milhões para a Libéria,
US$ 535 milhões para a Guiné e US$ 1,4 bilhão para
Serra Leoa, que também tem sido afetada por graves
problemas no setor de mineração.
Fonte: Associated Press.
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