O clima econômico na América Latina piorou entre janeiro e abril, embora tenha melhorado no resto do mundo, informa o estudo Clima Econômico da América Latina (ICE) – elaborado pela Fundação Getulio Vargas em parceria com a instituição Ifo Institute for Economic Research. Ifo é uma instituição pública alemã que produz estudos sobre tendências da economia internacional.
Segundo o levantamento, o índice ICE recuou 5,3% entre janeiro e abril de 2015, ao passar de 75 pontos para 71 pontos. A queda foi liderada pelo Indicador de Expectativas, que caiu 11%, enquanto o da Situação Atual (ISA) avançou 3,4%.
Divulgado hoje (12) pela FGV, o relatório aponta todos os indicadores na zona desfavorável de clima econômico. A piora desse indicador é preocupante, segundo a FGV, na medida em que indica visão no cenário nos próximos seis meses.
Na contramão da América Latina, no plano mundial, houve melhora do ICE em outros países do mundo: o indicador passou de 106 pontos para 110 pontos, liderado pelo desempenho daUnião Europeia (UE). A UE registrou elevação de 11,5% na pontuação, em razão tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas.
Os dados divulgados indicam que todos os indicadores internacionais passaram à zona favorável, embora nos Estados Unidos os índices tenham recuado. Mesmo assim, os indicadores norte-americanos mantiveram-se acima da média dos últimos dez anos e na zona de clima favorável.
A China continua registrando clima econômico desfavorável desde outubro de 2014, mesmo com o aumento de 7,1% do ICE, entre janeiro e abril, para 91 pontos. “O resultado, no entanto, está associado ao aumento de 20% no Indicador de Expectativas, “o que sugere que a economia pode estar retomando uma trajetória ascendente”, avalia o estudo.
Entre o Brics, sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brasil registrou o menor ICE, enquanto a Índia é o único país do grupo com ICE favorável.
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