Cientes de sua eficácia milenar, médicos e cientistas tentam agora converter os tratamentos naturais da medicina tradicional chinesa em terapias tradicionais, incorporadas à prática médica ocidental.
Este é um dos objetivos do projeto TcmCancer, financiado pela União Europeia.
Além da quimioterapia
A equipe de pesquisadores identificou cerca de 100 compostos com atividade anticâncer nas plantas e ervas usadas pela medicina chinesa.
Agora eles querem usá-los para desenvolver tratamentos mais eficazes e menos danosos do que a quimioterapia.
"A maioria, se não todas as drogas usadas na quimioterapia, têm efeitos
secundários graves, que podem afetar as células saudáveis, bem como
funções essenciais do corpo," explica o Dr. André Steinmetz, do Centro
de Pesquisas Públicas de la Santé (Luxemburgo), líder do projeto.
secundários graves, que podem afetar as células saudáveis, bem como
funções essenciais do corpo," explica o Dr. André Steinmetz, do Centro
de Pesquisas Públicas de la Santé (Luxemburgo), líder do projeto.
"Por isso a busca e o estudo de novos compostos que matem especificamente
as células cancerosas, mas não têm efeitos colaterais, ainda são
necessários," acrescentou.
as células cancerosas, mas não têm efeitos colaterais, ainda são
necessários," acrescentou.
O projeto focou na identificação e caracterização de compostos contra os
cânceres de mama, pulmão e cérebro.
cânceres de mama, pulmão e cérebro.
Medicina tradicional chinesa
A medicina tradicional chinesa tem uma abordagem holística e sinérgica
- em outras palavras, ela não trata apenas a doença, mas aborda a saúde do
corpo como um todo.
- em outras palavras, ela não trata apenas a doença, mas aborda a saúde do
corpo como um todo.
As terapias mais comuns usadas nesses tratamentos milenares incluem o
uso de plantas - ervas, cogumelos e raízes - e algumas terapias
manuais, como a acupuntura e a massagem.
uso de plantas - ervas, cogumelos e raízes - e algumas terapias
manuais, como a acupuntura e a massagem.
Terapias baseadas em ervas medicinais e fitoterápicos já foram incorporadas
pela medicina ocidental, e hoje fazem parte dos tratamentos tradicionais do câncer em vários países.
pela medicina ocidental, e hoje fazem parte dos tratamentos tradicionais do câncer em vários países.
"Descobriu-se que isto é muito eficaz no tratamento de problemas médicos
complexos," diz Steinmetz. "No entanto, a composição exata dos compostos
que exercem estes efeitos terapêuticos ainda não é completamente compreendida."
complexos," diz Steinmetz. "No entanto, a composição exata dos compostos
que exercem estes efeitos terapêuticos ainda não é completamente compreendida."
Ação por partes
O enfoque atual da ciência ocidental é sempre isolar um composto
químico - uma molécula - que seria responsável por toda a ação de
uma planta ou erva - o chamado princípio ativo. Isto permite que
essa molécula seja sintetizada e vendida na forma de um medicamento.
químico - uma molécula - que seria responsável por toda a ação de
uma planta ou erva - o chamado princípio ativo. Isto permite que
essa molécula seja sintetizada e vendida na forma de um medicamento.
Vários especialistas, contudo, questionam essa abordagem.
Segundo eles, da mesma forma que a medicina tradicional chinesa
trata o homem por inteiro, acreditar que uma única molécula seja
responsável por toda a ação de uma planta medicinal é perder o
todo de vista.
Segundo eles, da mesma forma que a medicina tradicional chinesa
trata o homem por inteiro, acreditar que uma única molécula seja
responsável por toda a ação de uma planta medicinal é perder o
todo de vista.
Na China de hoje, quase três quartos dos ensaios clínicos de
câncer envolvem uma combinação de terapias da medicina
tradicional e tratamento convencional do câncer.
câncer envolvem uma combinação de terapias da medicina
tradicional e tratamento convencional do câncer.
Fonte: Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário