Por quê os alimentos mofam?
Bate a fome e você invade a cozinha à procura de algo para comer. Depois de inspecionar a geladeira de cima a baixo sem encontrar nada que desperte a atenção do seu estômago, você se lembra daquele delicioso pãozinho bem guardado no forno. Abre o pacote com a boca cheia d’água e – argh! – o que é essa coisa verde?!
Essas manchas esverdeadas são o que chamamos de bolor ou mofo: seres vivos microscópicos, que fazem parte do grupo dos fungos. Eles são capazes de aproveitar frutas, madeiras, tecidos, pão, couro e outros materiais como alimento, sendo que a variedade de fungos que existe é tão grande que o mofo que se alimenta de pão pode não ser o mesmo que se alimenta do tecido que reveste o sofá.
Quando os fungos agem sobre uma fruta, um legume ou um pedaço de pão, eles mudam as características dos alimentos, como o cheiro e a cor, o que, para nós, é um sinal de que eles estão apodrecendo. Comer alimentos nessas condições é um perigo porque os fungos também podem liberar substâncias tóxicas que, se ingeridas, causam sérios problemas ao organismo.
Mas sabia que existem alimentos mofados que não estão estragados? Um exemplo é o queijo gorgonzola, feito a partir do leite de vaca e produzido originalmente na cidade italiana de Gorgonzola. Esse é um tipo de queijo que só se considera que está pronto depois que mofou. Para fabricá-lo, deve ser adicionado o fungo Penicillium roqueforti ou o Penicillium glaucum ao leite de vaca. Esses tipos de fungo alimentam-se da gordura do leite, liberam substâncias que não são nocivas ao ser humano e dão o sabor característico do queijo.
O gorgonzola, porém, não é o único tipo de queijo fabricado com a ajuda de fungos. O brie e o camembert também podem ser considerados queijos mofados, só que por agentes diferentes, como o Penicillium candidum e o Penicillium camemberti.
Os queijos em questão têm sabores muito peculiares e são apreciados no mundo inteiro. Vimos que eles resultam da ação de fungos específicos que não trazem perigo à nossa saúde, mas vale lembrar que a maioria dos fungos produz substâncias tóxicas ao ser humano, até mesmo outros do grupo Penicillium. Além disso, mesmo os queijos mofados próprios para consumo têm prazo de validade e devem ser guardados em condições adequadas, pois apodrecem quando sofrem a ação de outros tipos de fungos ou de bactérias. Por isso, esteja sempre atento à aparência dos alimentos, mesmo dos queijinhos mofados e comestíveis.
Fonte: Ciência Hoje das Crianças
Alimentos mofados
Consequências para a saúde
Quem já não retirou aquele pedaço mofado da fatia de pão e comeu o restante? Ou jogou fora a fatia com sinais de mofo e comeu as outras, que pareciam estar em bom estado? Essas atitudes, aparentemente inofensivas, podem levar à intoxicação alimentar ou a reações alérgicas. Quando um alimento tem marcas de mofo em uma parte, todo ele já está contaminado de fungos.
O biólogo e coordenador do curso de Laboratório em Biodiagnóstico em Saúde da Escola Politécnica, Marcos Antonio Marques, explica que o mofo é a proliferação de colônias de fungos que se desenvolveram e se agruparam. “Quando conseguimos ver estes microrganismos a olho nu, isto significa que há uma imensa quantidade deles nos alimentos.”
A principal diferença das colônias de bactérias para as de fungos é que o alimento contaminado por bactérias exala cheiro de azedo, enquanto por fungos, não tem odor, apenas o chamado bolor. Entretanto, assim como as bactérias, os fungos podem causar intoxicação e diarréias, principalmente se a pessoa for alérgica a estes microrganismos.
Fatores de risco
Marcos Antonio Marques explica que os fungos se encontram no ar e, normalmente, o corpo humano desenvolve anticorpos contra eles. Os alimentos acabam sendo locais propícios para a sua proliferação, já que buscam umidade, calor e escuro.
“Há vários tipos de fungos, uns mais nocivos à saúde do que outros. Como no dia-a-dia as pessoas não vão saber qual o tipo está nos alimentos, recomenda-se o descarte de tudo. No caso do pão de forma, mesmo que apenas algumas fatias apresentem o bolor, as chances de todo o saco estar contaminado é grande”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pessoas adoecem todos os anos em virtude da ingestão de alimentos contaminados. A ocorrência de contaminação dos alimentos está relacionada a vários fatores, tais como: temperatura/tempo, armazenamento, conservação, manipulação, hábitos higiênicos, entre outros.
Prazo de validade
Os alimentos classificados como perecíveis são aqueles que estragam rapidamente, como carnes, leite e os derivados, ovos, frutas, verduras e legumes. A nutricionista Alessandra Veggi, pesquisadora visitante da Fiocruz e integrante do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição, ressalta que os sintomas mais comuns após a ingestão de um alimento contaminado são: diarréia, vômitos, dores abdominais, mal estar e febre. “Há casos que podem levar à morte”, adverte a nutricionista.
Além de bactérias e fungos, os alimentos podem ser contaminados por vírus e parasitas e também por toxinas produzidas e liberadas por esses microrganismos. Como nem sempre essa contaminação é percebida, é importante estar atento aos prazos de validade e o estado de conservação dos alimentos.
Verão e inverno
As diferenças de temperatura em função das estações do ano influenciam na durabilidade dos alimentos. Conforme explica a médica veterinária Cristiane Miranda, também pesquisadora visitante da Fiocruz, no verão, por causa do calor, há um ambiente mais favorável ao aparecimento de microrganismos. Por isso, recomenda-se guardar na geladeira o quanto antes os alimentos preparados, mesmo que ainda estejam mornos.
“Outro problema é abrir a porta da geladeira muitas vezes ou mantê-la aberta por muito tempo. Isso traz um risco importante porque há aumento da temperatura, propiciando o crescimento microbiano”, alerta a médica veterinária.
A geladeira tem capacidade de refrigeração limitada, e não deve ser usada como depósito de alimentos. Quando está muito cheia, não permite a circulação do ar frio, logo há problemas na troca de calor e na manutenção da temperatura adequada para conservação dos alimentos.
(Patricia Moreira)
Fonte:Portal Fiojovem / Fiocruz
Comer alimentos com bolor traz riscos à saúde
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(Foto: Reprodução)
Ingerir alimento com bolor pode causar diarreia, alergias respiratórias, intoxicação alimentar e até câncer. Uma das substâncias encontradas em alimentos embolorados é a aflatoxina, potencial causadora de câncer.
De acordo com o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria, quando um alimento tem marcas de mofo em uma parte, todo o restante pode estar contaminado por toxinas.
Frutas secas
“O fungo não é composto apenas pela parte visível. Quando ele está na superfície do alimento, sua colônia já está bem desenvolvida na parte de dentro. É lá que são produzidas as substâncias nocivas, chamadas de micotoxinas, que variam de acordo com a espécie do fungo”, alerta.
Segundo o Dr. Bactéria, os fungos mais perigosos são encontrados em grãos, com maior incidência nos industrializados, e também em frutas frescas e sucos de uva. Mas outros alimentos também representam riscos, como bolos, frutas secas, pães e doces. Tudo depende da armazenagem.
Para evitar esse tipo de problema, o alimento não pode ficar exposto à umidade, ao calor e, em alguns casos, à escuridão. Essas características proporcionam um ambiente adequado ao crescimento do bolor. No verão, por causa das altas temperaturas, o risco de contaminação aumenta.
EVITE BOLOR E DESPERDÍCIO
Risco
Quando aparece aquele pontinho verde no bolo, nos pães e nas frutas, não tem jeito: é necessário jogar o alimento no lixo
Contaminação
Quando um alimento tem marcas de mofo em uma parte, todo o restante pode estar contaminado por toxinas. “O fungo não é composto apenas pela parte visível. Quando é possível observá-lo na superfície do alimento, sua colônia já está bem desenvolvida na parte de dentro.”
Intoxicação
A ingestão de alimento com bolor pode causar diarreia, alergias respiratórias, intoxicação alimentar e até câncer
Com bolor
Afinal, uma das substâncias encontradas em alimentos embolorados é a aflatoxina, potencial causadora de câncer
Validade
Mantenha os pães de forma na geladeira, respeitando o prazo de validade
Temperatura
Atenção nas condições de temperatura, umidade e no local de armazenamento dos alimentos
Refrigeração
Os não perecíveis não precisam de refrigeração, mas devem ser guardados em um local limpo e livre de umidade
Hortaliças
Hortaliças e frutas devem ser mantidas na geladeira
Sucos industrializados
Verifique se os sucos industrializados estão com a data de validade em dia e sem amassados na caixa
Higiene
Não se esqueça de lavar as mãos sempre antes de manusear os alimentos
Fonte: A Gazeta
8 comentários:
Eu trouxe uma garrafa de agua para o trabalho e depois de beber quase toda, percebi que estava com cheiro de mofo, daí me lembrei que tenho uma alergia que o meu dermatologista disse que era um tipo de fungo que, geralmente, quando estou estressada ele apaece na minha pele. Posso relacionar esses dois tipos de fungo, ou pode ser que a agua que muitas vezes ingeri sem perceber, agrava essa 'alergia'??
Lais minha querida procure o seu dermatologista.
E boa sorte
Antonio Brandão
Então, eu hoje fui comer um bolinho de chocolate, e não vi que tinha mofo, senti um cheiro estranho, mas achei que não era nada, quando fui ver que tinha, nem pensei 2 vezes e fui lavar a boca, escovar os dentes. E agora? Faz mal? Ajudou em alguma coisa lavar a boca?
E QUANDO SE ABRE UM PACOTE DE PÃO E UMA PARTE ESTA MOFO, PODE COMER OS OUTROS PÃES QUE NÃO ESTÃO?
Aí o mofo deu, não tem jeito,,,,,ha ha
Acabei de comer um pedaço de bolo com mofo, e agora o q devo fazer pra prevenir algo maior?
Eu também comi agora. mesmo o mofo taça por dentro do bolo
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