Experimento demonstrou que pacientes que tomaram remédio para dor em vez de drogas antipsicóticas ficaram menos agitados.
Muitos pacientes com demência atualmente tratados com medicamentos antipsicóticos poderiam se beneficiar mais de tratamentos à base de simples analgésicos, indica um pequeno estudo.
Especialistas britânicos e noruegueses concluíram que remédios para dor diminuíram significamente sintomas como agitação e comportamento agressivo, comuns em pessoas que sofrem da condição.
Tendo em vista os resultados do trabalho, a Alzheimer's Society - entidade britânica que promove pesquisas sobre várias formas de demência e oferece suporte a pacientes e profissionais - quer que os médicos passem a considerar outros tratamentos para aliviar esse tipo de sintoma em seus pacientes.
Os autores do trabalho acreditam que a descoberta pode ajudar pacientes com demência a conviver melhor com a condição.
O estudo foi publicado no site da revista científica British Medical Journal (BMJ).
Comunicação
Segundo especialistas, anualmente, na Grã-Bretanha, cerca de 150 mil pacientes com demência que apresentam sintomas como agitação e agressividade são tratados com antipsicóticos.
Esses remédios têm um poderoso efeito sedativo e podem piorar os sintomas de demência, além de aumentar os riscos de derrames e morte.
Mas os pesquisadores do Kings College, em Londres, e da Noruega, suspeitavam de que os sintomas poderiam, em alguns casos, resultar de dor (que os pacientes, por causa de sua condição, teriam dificuldade em expressar).
Eles fizeram um experimento com 352 pacientes com demência grave ou moderada que vivem em lares para idosos na Noruega.
A metade passou a tomar analgésicos junto com as refeições, os outros continuaram a seguir o tratamento convencional.
SupervisãoApós oito semanas, o grupo que tomou analgésicos apresentou uma redução de 17% nos sintomas agitação e agressividade. Esse grau de melhora foi superior ao que se poderia esperar de tratamentos à base de antipsicóticos.
Os pesquisadores concluíram que, se a dor do paciente for tratada de forma adequada, os médicos poderão reduzir o uso de drogas antipsicóticas.
O especialista Clive Ballard, diretor de pesquisas da Alzheimer's Society e um dos autores do estudo, disse que as revelações são importantes.
'No momento, a dor é pouco tratada em pessoas com demência porque é muito difícil reconhecê-la', disse.
'Acho que (a descoberta) pode fazer uma grande diferença na vida das pessoas, pode ajudá-las a conviver melhor com a demência'.
Ballard ressalta, no entanto, que analgésicos devem ser receitados sob supervisão médica.
A Alzheimer's Society está publicando novas orientações sobre o assunto, sugerindo a médicos que pensem muito antes de receitar antipsicóticos e que procurem receitar analgésicos.
A National Care Association - organização britânica que representa entidades que oferecem serviços a idosos e os usuários desses serviços - disse que o estudo ressalta algumas das complexidades da demência.
'A dor em si já é debilitante, então identificá-la como a causa da agitação e do comportamento agressivo é um grande avanço, que permitirá que cuidemos das pessoas de forma apropriada', disse a presidente da organização, Nadra Ahmed.
G1.com
Especialistas britânicos e noruegueses concluíram que remédios para dor diminuíram significamente sintomas como agitação e comportamento agressivo, comuns em pessoas que sofrem da condição.
Tendo em vista os resultados do trabalho, a Alzheimer's Society - entidade britânica que promove pesquisas sobre várias formas de demência e oferece suporte a pacientes e profissionais - quer que os médicos passem a considerar outros tratamentos para aliviar esse tipo de sintoma em seus pacientes.
Os autores do trabalho acreditam que a descoberta pode ajudar pacientes com demência a conviver melhor com a condição.
O estudo foi publicado no site da revista científica British Medical Journal (BMJ).
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Segundo especialistas, anualmente, na Grã-Bretanha, cerca de 150 mil pacientes com demência que apresentam sintomas como agitação e agressividade são tratados com antipsicóticos.
Esses remédios têm um poderoso efeito sedativo e podem piorar os sintomas de demência, além de aumentar os riscos de derrames e morte.
Mas os pesquisadores do Kings College, em Londres, e da Noruega, suspeitavam de que os sintomas poderiam, em alguns casos, resultar de dor (que os pacientes, por causa de sua condição, teriam dificuldade em expressar).
Eles fizeram um experimento com 352 pacientes com demência grave ou moderada que vivem em lares para idosos na Noruega.
A metade passou a tomar analgésicos junto com as refeições, os outros continuaram a seguir o tratamento convencional.
SupervisãoApós oito semanas, o grupo que tomou analgésicos apresentou uma redução de 17% nos sintomas agitação e agressividade. Esse grau de melhora foi superior ao que se poderia esperar de tratamentos à base de antipsicóticos.
Os pesquisadores concluíram que, se a dor do paciente for tratada de forma adequada, os médicos poderão reduzir o uso de drogas antipsicóticas.
O especialista Clive Ballard, diretor de pesquisas da Alzheimer's Society e um dos autores do estudo, disse que as revelações são importantes.
'No momento, a dor é pouco tratada em pessoas com demência porque é muito difícil reconhecê-la', disse.
'Acho que (a descoberta) pode fazer uma grande diferença na vida das pessoas, pode ajudá-las a conviver melhor com a demência'.
Ballard ressalta, no entanto, que analgésicos devem ser receitados sob supervisão médica.
A Alzheimer's Society está publicando novas orientações sobre o assunto, sugerindo a médicos que pensem muito antes de receitar antipsicóticos e que procurem receitar analgésicos.
A National Care Association - organização britânica que representa entidades que oferecem serviços a idosos e os usuários desses serviços - disse que o estudo ressalta algumas das complexidades da demência.
'A dor em si já é debilitante, então identificá-la como a causa da agitação e do comportamento agressivo é um grande avanço, que permitirá que cuidemos das pessoas de forma apropriada', disse a presidente da organização, Nadra Ahmed.
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