PROBLEMA É MUITO MAIS COMUM ENTRE AS CRIANÇAS
Veja como alguns cuidados simples podem te ajudar a evitar este problema!
“Está com dor de cabeça, tome tal remédio”. “O joelho está te incomodando, passe determinada pomada”. Enfim, sempre existe alguém que tem uma ótima receita quando o assunto é doença. Porém, a ingestão indevida de remédios é uma das principais causas de intoxicação no Brasil. E o mais grave é que a maioria destes casos ocorre em crianças.
“Está com dor de cabeça, tome tal remédio”. “O joelho está te incomodando, passe determinada pomada”. Enfim, sempre existe alguém que tem uma ótima receita quando o assunto é doença. Porém, a ingestão indevida de remédios é uma das principais causas de intoxicação no Brasil. E o mais grave é que a maioria destes casos ocorre em crianças.
Com o objetivo de se tornar mais atraente, os remédios pediátricos são apresentados em cor, odor e sabor que atraem as crianças. De acordo com Sônia de Lourdes Liston Colina, pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, "É importante que os pais não reforcem essa percepção e expliquem às crianças que se trata de um remédio, não de bala ou bombom e que não pode ser consumido à vontade".
Quando se trata de crianças um pouco maiores, na fase pré-escolar, por exemplo, a própria curiosidade faz com que elas experimentem certos remédios que são guardados pelos pais de maneira inadequada. Já, quando o assunto são os bebês, a intoxicação é normalmente causada em função de erro na dosagem por quem administra o medicamento.
A intensidade das reações varia de acordo com a quantidade e a composição química do medicamento ingerido no acidente. Em pequenas doses, é mais comum a intoxicação por analgésicos, antitérmicos, antiinflamatórios, "antigripais" e vitaminas. Vômitos, diarréia, desidratação, hipertermia e acidose metabólica são os sintomas mais comuns. Já as reações pela ingestão de excesso de psicofarmacos (remédios usados para problemas psíquicos) podem variar desde sonolência, agitação, taquicardia até o coma.
Vale lembrar que a melhor maneira de evitar este problema é guardando os remédios fora do alcance das crianças. "Quando intoxicada por medicamento, elas sofrem conseqüências mais sérias se comparadas a um adulto, pois possuem uma estrutura corporal menor e um metabolismo mais acelerado" conclui a pediatra.
Confira as dicas para evitar a intoxicação de crianças com remédios em casa:
-Ler com atenção a receita e nunca tomar ou administrar medicamentos no escuro.
-Não administrar medicamentos por conta própria.
-Manter os medicamentos em armário trancado.
-Descartar restos de medicamentos, especialmente, vencidos.
-Não guardar medicamentos junto a alimentos.
-Manter produtos químicos, de limpeza, inseticidas, plantas, fora do alcance de crianças.
-Manter embalagens originais para evitar confusão.
Mais informações
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br
Embora todos os medicamentos possuam uma ação benefica mais ou menos específica, a maioria deles, mesmo administrados nas doses corretas, podem igualmente originar vários efeitos secundários adversos, de maior ou menor envergadura. No entanto, o principal perigo da maioria dos medicamentos é a sua administração incorreta, em doses demasiado elevadas, pois podem originar uma verdadeira intoxicação.
De fato, a intoxicação por medicamentos constitui, atualmente, um fenomeno bastante frequente, sobretudo nas pessoas idosas e nas crianças mais pequenas.
Entre os adultos, as causas mais comuns de intoxicação por medicamentos são a tentativa de suicídio ou de auto-agressão, muitas vezes apenas para chamar a atenção, e a ingestão de uma dose elevada por mero equívoco. Por outro lado, entre as crianças, sobretudo com menos de 5 anos de idade, a intoxicação por medicamentos é quase sempre acidental, já que se sentem atraídas pelos comprimidos e cápsulas coloridos e têm a tendência para levá-los à boca.
Embora praticamente qualquer medicamento, administrado em doses elevadas, possa provocar uma intoxicação, os que mais frequentemente provocam este perigo são os analgésicos, por serem os mais utilizados, e os sedativos e hipnóticos, de utilização mais comum nos idosos. Por outro lado, a intoxicação por medicamentos com efeitos sobre o sistema nervoso central, independentemente de serem depressores, como os mencionados, ou estimulantes, como as anfetaminas e derivados, é igualmente frequente nos toxicodependentes.
Intoxicação por analgésicos Tendo em conta que a principal causa de intoxicação grave por medicamentos, entre as crianças, é o consumo acidental de doses elevadas, o analgésico mais vezes envolvido em problemas desta natureza é o ácido acetilsalicílico, ou aspirina, pois é o mais comum nos lares e porque os seus efeitos tóxicos nas crianças costumam começar a evidenciar-se a partir de uma dose de 3 g (equivalente a seis comprimidos de 500 g). Como é habitual nas intoxicações por via oral, as primeiras manifestações costumam afetar o aparelho digestivo e consistem, sobretudo, em náuseas e vomitos, por vezes sanguinolentos, e dor abdominal. Em seguida, observa-se um progressivo aumento da frequência respiratória, um quadro de agitação, desidratação e, apesar do efeito antitérmico deste medicamento, um significativo aumento da temperatura do corpo.
Nesta fase, deve-se dar atenção imediata à vítima, pois caso contrário a intoxicação pode provocar a sua morte. Em primeiro lugar, deve-se administrar vários copos de água com bicarbonato ao paciente, para que a acidez gástrica diminua e a absorção do medicamento seja o mais reduzida possível. Ao mesmo tempo, deve-se chamar uma ambulância, de modo a transferir-se imediatamente o indivíduo afetado para um centro de saúde onde possa ser submetido ao tratamento e monitorização adequados e, caso seja necessário, à administração de soluções alcalinizantes por via endovenosa ou à realização de uma hemodiálise, de modo a eliminar-se o produto do sangue.
Intoxicação por sedativos Para além de serem os medicamentos normalmente utilizados no tratamento da ansiedade e depressão, os sedativos ou ansiolíticos, como o diazepam e produtos relacionados, são igualmente os mais utilizados nas tentativas de suicídio e auto-agressão. No entanto, a maioria destas tentativas de suicídio não provocam, felizmente, a morte da vítima, já que os sedativos apenas provocam uma intoxicação mortal se forem ingeridos em doses muito elevadas e, sobretudo, combinadas com álcool. Todavia, por vezes, a intoxicação resultante é tão grave que o indivíduo afetado necessita de ser hospitalizado. De qualquer forma, independentemente da gravidade da intoxicação, estas tentativas de suicídio ou auto-agressão devem ser interpretadas como um pedido de socorro ou como uma chamada de atenção por parte da vítima.
As principais manifestações da intoxicação por sedativos são sonolência, apatia, falta de coordenação nos movimentos e diminuição da amplitude e frequência dos movimentos respiratórios. Embora estas manifestações costumem desaparecer ao fim de um ou dois dias, nos casos mais graves, a debilidade do sistema nervoso central pode conduzir ao estado de coma e até à morte.
Caso se suspeite de uma intoxicação por sedativos e sempre que a vítima não evidencie perda de consciência, deve-se provocar o vomito, para se eliminar o medicamento ainda não absorvido do tubo digestivo, procurar que o indivíduo afectado não fique frio e oferecer-lhe café para evitar que adormeça. Caso se observe que a sua respiração se encontra muito fraca ou que não recupera rapidamente, deve-se transportar o paciente, o mais rápido possível, para um hospital, de modo a proceder-se a uma lavagem ao estômago e efetuar-se o tratamento adequado.
Intoxicação por hipnóticos Dado que os medicamentos hipnóticos ou indutores do sono, como os conhecidos barbitúricos, possuem um intenso efeito depressivo sobre o sistema nervoso central, a ingestão de doses relativamente elevadas pode provocar uma intoxicação grave. Atualmente, estas intoxicações ocorrem com menor frequência do que outrora, sobretudo porque a prescrição de hipnóticos é, em inúmeros países, submetida a um rigoroso controlo médico e administrativo, mas apesar disso continuam a existir casos isolados.
As manifestações da intoxicação variam consoante as doses ingeridas. Nos casos mais ligeiros, os pacientes costumam evidenciar uma espécie de estado de embriaguez, acompanhado por um sono profundo. Por outro lado, após a ingestão de uma dose mais elevada, o paciente entra em estado de coma: perde a consciência, respira de forma muito superficial, a sua pressão arterial e temperatura do corpo baixam e, caso não se proceda ao seu tratamento oportuno, evidenciam-se complicações mortais.
O tratamento, que deve ser realizado de forma imediata num centro de saúde, começa por uma indução do vómito e/ou lavagem ao estômago. Em seguida, deve-se administrar oxigénio ao paciente, injectar-lhe soros salinos para contrariar a desidratação e, caso seja necessário, indicar uma hemodiálise para se efectuar a filtração do sangue, de modo a eliminar-se os barbitúricos da circulação.
Intoxicação por medicamentos | ||
Por: Valdeci T. Ribeiro - Técnico em Segurança do Trabalho | ||
O uso da internet traz conhecimentos e proporciona muitos benefícios aos usuários, porém há um dado muito preocupante que vem chamando a atenção. Na mesma velocidade com que se criam páginas sobre os mais diversos assuntos, cria-se também uma legião de usuários que procuram sites em busca de diagnósticos e dicas sobre doenças ou até comprando medicamentos pela internet sem receita médica. Nós sabemos que quando há um problema de saúde, o melhor profissional para tratar do assunto é um médico que investiga os sintomas através de exames e receita medicamentos para o tratamento, portanto, é preocupante que pessoas se abasteçam de informações em sites que por mais que estejam embasados na literatura médica e farmacêutica, não são os locais mais apropriados para diagnosticar ou tratar de uma doença. Existem muitos locais na internet que prestam um bom serviço de utilidade pública, pois divulgam informações relevantes, mas é importante que a pessoa que se utiliza de sites especializados a procura de informações, busquem posteriormente a ajuda de um médico para resolver o seu problema de saúde. O medicamento sem receituário médico faz mal a saúde e compromete anos de pesquisas, como é o caso do uso indiscriminado de antibióticos que podem fortalecer bactérias tornando o medicamento ineficaz. Produtos fitoterápicos ou os chamados à base de plantas medicinais, embora pareçam inofensivos por trazerem o rótulo de produto natural, também podem causar mal a saúde se o tratamento não tiver acompanhamento médico. A intoxicação por medicamentos tem preocupado as autoridades de saúde que vêm monitorando os casos que ocorrem, bem como combatendo os falsificadores de medicamentos que atuam por todo país e que vez ou outra acabam estourando em algum escândalo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA exerce um papel importante na normatização, controle e fiscalização dos produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde, conforme Art. 2º Inciso III da Lei nº 9.782/99 que criou a agência. Qualquer medicamento antes de ser comercializado, tem que ser aprovado pela ANVISA, independentemente se o medicamento já exista em outros países, aliás, a importação e exportação de medicamentos passam por rígidos critérios. A automedicação é cultural no Brasil o que leva o governo através do Ministério da Saúde a fazer várias campanhas de alerta a população para os perigos de tomar medicamentos sem acompanhamento profissional. Os inibidores de apetite, por exemplo, muito procurado por mulheres que desejam perder peso rapidamente, podem ser perigosos causando até dependência física e alterações no comportamento se utilizados por muito tempo, por isso é necessário que haja acompanhamento médico no tratamento para emagrecer. A utilização de medicamentos não deve ter por base a indicação de parentes e amigos, pois um remédio que fez bem a uma pessoa pode fazer mal a outras. A busca pela beleza através dos medicamentos além do custo material pode custar também a vida. Não quer dizer que todo o produto seja perigoso, o perigo é fazer tratamentos de saúde por conta própria. As caixinhas de medicamentos que as empresas possuem para resolver problemas pontuais na saúde de seus funcionários, também devem ter a supervisão de um médico. Há casos em que esses medicamentos além de não possuírem muito controle, estão a cargo de pessoas que não tem habilidade ou preparação para ministrarem os medicamentos e que nem sequer ficam atentas para a sua validade. Tomar medicamentos vencidos além de não ter a eficácia garantida, prejudica a saúde, portanto, todo o cuidado em se tratando de medicamentos se faz necessário. Diagnosticar doenças e propor tratamentos são atos médicos e a empresa tem a obrigação de implantar o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Veja o que diz a NR-7: “7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.” Levar a sério a questão da saúde é importante, e procurar os meios adequados para tratá-la é uma responsabilidade de cada um, pois não se joga com a saúde nem tão pouco deve entregá-la nas mãos de aventureiros. | ||
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