9.03.2011

Cardiopatia aumenta 100 vezes risco de morte na gravidez

 o risco para os bebês é dez vezes maior

Cardiopatia aumenta 100 vezes risco de morte materna, diz estudo Cardiopatia aumenta 100 vezes risco de morte materna, diz estudo (Jupiterimages/Thinkstock)
Mulheres grávidas com problemas no coração correm um risco cem vezes maior de morrer, segundo estudo divulgado nesta terça-feira durante Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. O levantamento mostrou ainda que o risco para os bebês é multiplicado por dez.
O estudo foi feito com base na análise de dados de 1.300 mulheres, reunidos desde 2008 em 28 países europeus. Segundo a pesquisa, foram registradas 13 mortes entre mulheres grávidas com problemas cardíacos - número que corresponde a 1% do total. Em mulheres saudáveis, a taxa média de mortalidade materna na Europa é de uma em dez mil.
Das 1.300 mulheres pesquisadas, 869 tinham doença cardíaca congênita, 333 eram pacientes com problemas cardiovasculares, 79 tinham cardiomiopatia e 24 sofriam de cardiopatia isquêmica (a cardiomiopatia faz com que o músculo cardíaco fique mais grosso e rígido do que o normal, enquanto a cardiopatia isquêmica se caracteriza pelo reduzido fluxo sanguíneo para o coração).
No estudo foram constatados 59 casos de mortes fetais ou 4,5% do total, cerca de dez vezes a taxa normal de mortalidade para países europeus.
Dados sobre o vínculo entre a doença cardíaca e a mortalidade materna são escassos e exames clínicos aleatórios não são possíveis, segundo explicou Jolien Roos-Hesselink, encarregado de um registro de dados realizado em 2006 pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
"A única forma de ampliar nosso conhecimento sobre os fatores que determinam os efeitos das doenças cardíacas em mulheres grávidas é reunir dados de um grande número de gestações e tentar encontrar padrões de resultados que se correlacionem com estratégias de gestão", afirmou o especialista em um comunicado.
Roos-Hesselink disse que os números fazem parte de uma análise provisória e que mais dados são necessários para uma melhor compreensão de quais tipos de doença cardíaca representam maiores riscos e qual tratamento pode ser o mais eficaz.
(Com agência France-Presse)

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