Guatemala encontra sobreviventes de experimentos humanos nos EUA
Os cinco sobreviventes serão levados para a Cidade da Guatemala para passar por exames médicos a fim de determinar se eles sofreram efeitos adversos após os experimentos.
O projeto já era considerado um dos episódios mais obscuros da história da pesquisa médica dos EUA, mas a comissão afirma que os novos dados revelam que os pesquisadores eram extraordinariamente antiéticos, mesmo se for levado em conta o contexto histórico.
- Os pesquisadores colocaram seu próprio avanço médico em primeiro lugar, e a decência humana em segundo - afirmou Anita Allen, membro da comissão.
De 1946 a 1948, o Serviço de Saúde Pública dos EUA e o Escritório Sanitário Pan-Americano trabalharam com várias agências de governo da Guatemala para fazer pesquisas médicas - pagas pelo governo americano - que envolveram a exposição deliberada de pessoas a doenças sexualmente transmissíveis.
Os pesquisadores estavam tentando ver se a penicilina, relativamente nova na época, poderia prevenir infecções nas 1.300 pessoas expostas à sífilis, gonorréia, e outras doenças. Entre os infectados, estavam soldados, prostitutas, prisioneiros e doentes mentais com sífilis.
A comissão revelou segunda-feira que apenas cerca de 700 infectadas receberam algum tipo de tratamento. Além disso, 83 pessoas morreram, embora não esteja claro que as mortes estivessem diretamente ligadas aos experimentos
G1.com
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