Presidente Dilma Rousseff é capa da revista 'Newsweek' desta semana
Publicação retrata em reportagem atual momento do Brasil.
Nos EUA, Dilma fará discurso de abertura de Assembleia Geral da ONU.
Com a Presidenta Dilma na capa, revista dá destaque para
reportagens sobre a situação da mulher no
mundo (Foto: Divulgação)
A presidente Dilma Rousseff é retratada na capa da revista "Newsweek" que chega às bancas nesta semana. A reportagem, disponível na versão online, aborda a forma como a presidente conduz o governo, fala da repressão à corrupção federal e também mostra um pouco de sua vida pessoal, lembrando que ela divorciou-se duas vezes e, aos 63 anos, é avó.reportagens sobre a situação da mulher no
mundo (Foto: Divulgação)
Dilma participa nesta semana de compromissos nos Estados Unidos. Ela terá diversas reuniões bilaterais com outros chefes de Estado e, na quarta-feira (21), fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
A reportagem de capa da publicação americana tem com título "Don’t Mess With Dilma" (em tradução literal, "Não mexa com Dilma"). O artigo sobre Dilma é parte de uma série de textos sobre o protoganismo feminino destacado na edição da revista. Na capa, que tem uma foto de Dilma desfilando em carro aberto no dia de sua posse, a manchete aponta: "Where women are winning" (em tradução literal, "Onde as mulheres estão vencendo".)
saiba mais
Em entrevista à “Newsweek”, Dilma lembrou seu legado político junto ao ex-presidente Lula e recontou uma história em que uma criança lhe interpelou durante a campanha em um aeroporto perguntando se uma mulher poderia ser presidente. “Ela pode”, lembra Dilma de ter respondido à garota.A “Newsweek “reconta parte da história política e econômica brasileira, afirmando que a popularidade de Dilma continua alta mesmo com os seguidos escândalos de corrupção que agitam a imprensa. Segundo o repórter da publicação, a presidente não aparenta sinais da quimioterapia que enfrentou para combater o câncer durante a campanha eleitoral
A revista destaca o crescimento da economia brasileira e a criação de mais de 1,5 milhão de empregos nos primeiros meses de 2010. Na entrevista, Dilma disse que, “quando era pequena, gostaria de ser bailarina ou bombeira”. Dilma afirmou: “Eu não sei se este é um novo mundo, mas o mundo está mudando”, afirmou, lembrando-se da garota que a questionou sobre o fato de mulheres buscarem a presidência.
Dilma também fala sobre sua passagem pela prisão durante o regime militar e da importância do Brasil e de países emergentes para ajudar a economia mundial.
A revista americana Newsweek traz, em sua edição desta semana, um especial avaliando as condições das mulheres em diferentes sociedades. A série, entitulada “Relatório do progresso global das mulheres”, analisa diversos fatores relativos ao posicionamento das mulheres na sociedade em diferentes países, e traz uma lista com as dez melhores e as dez piores nações para elas. Além disso, a Newsweek também tem entrevistas e perfis de algumas das mulheres mais poderosas e importantes e, em destaque, está a presidente Dilma Rousseff, como exemplo de mulher que “chegou ao poder em um país machista como o Brasil”.
Segundo o jornal, a postura dura de Dilma é o que mais chama a atenção em sua gestão, e é também reflexo da evolução brasileira no tratamento dado às mulheres. A revista exalta também o fato de Dilma ter nomeado várias mulheres para compôr seu governo, algo que, segundo a Newsweek, demonstra a intenção da presidente de aumentar a visibilidade das mulheres.
Apesar de colocar Dilma à frente das outras 20 mulheres chefes de Estado em todo o mundo, a Newsweek afirma que o Brasil ainda tem muito a desenvolver. Mesmo considerando a presidente uma das mulheres mais importantes e influentes, o Brasil não integra a lista das 10 melhores nações para elas. A corrupção em Brasília e a mentalidade machista também são empecilhos. Ainda assim, lá está ela, Dilma Rousseff, a única presidente a estampar o especial da revista como uma das mais importantes em todo o mundo.
Lucas Hackradt
Ela [Dilma] acorda cedo de manhã para passear pelos jardins, lê em seu iPad e já está em sua mesa às 9h15 da manhã, onde ficará até nove da noite. No trabalho, é dura, taciturna e tem pavio curto. [Dilma] Rousseff não tolera tolos ou pessoas despreparadas, diz um assessor, e a lenda diz que vários burocratas do Estado foram silenciados ou caíram em choro depois de uma bronca presidencial. Sua resiliência serviu bem a Brasília. Sua coalizão de dez partidos, liderados pelo poderoso Partido dos Trabalhadores que a levou ao poder, está no poder em quase todas as áreas. (…) Ela transformou escândalos de corrupção em vitória política, usando-os como oportunidade para expurgar oficiais corruptos. Em seus lugares, colocou colegas e confidentes de longas datas, sempre liderados por outras mulheres. |
As mulheres correspondem a um terço do gabinete de Rousseff – um matriarcalismo no coração da machista Brasília, cuja razão de ser é servir lealmente a Rousseff, e não aos grandes políticos. Até Lula, o insubstituível presidente, parece estar ofuscado mais feliz pela atuação da presidenta Dilma. |
Lucas Hackradt
Nenhum comentário:
Postar um comentário