SÃO PAULO - O motorista da carreta que atropelou e matou cinco trabalhadores na Rodovia Anhanguera foi preso em flagrante após admitir ter usado rebite (comprimido usado para mascarar o sono). Ele foi indiciado e vai responder pelo crime de homicídio doloso, por dolo eventual. A informação é da EPTV . O acidente ocorreu na manhã desta terça-feira, na altura de Ribeirão Preto, no norte paulista. Cerca de 20 operários trabalhavam no recapeamento da pista quando a carreta, desgovernada, atingiu seis deles. Apenas um sobreviveu.
RELEMBRE:Carreta desgovernada mata cinco na Rodovia Anhanguera O motorista Marcos Aurélio Quintino, de 42 anos, disse a uma médica, no hospital onde foi atendido, que ingeriu oito comprimidos antes de dirigir. Para o delegado Carlos Henrique de Araújo Garcia, por ter ingerido substâncias proibidas, ele assumiu o risco de causar um acidente.
Garcia conta que o homem confessou ter ingerido as substâncias às 21h, na segunda-feira, no Rio de Janeiro. Ele estava dirigindo havia 20 horas e sem comer há pelo menos 10 horas.
Amostras de sangue e urina do motorista foram colhidas para análise. Segundo o delegado, o comportamento de Quintino chamou a atenção.
- Ele estava alterado, com aspecto diferente do normal - conta.
O motorista foi levado para a cadeia de Santa Rosa de Viterbo e será encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão Preto.
Ele é casado, pai de dois filhos e seguia de Rezende, no Rio de Janeiro, para Orlândia. Quintino trabalha como motorista há 22 anos e estava havia dois meses nessa empresa. A companhia disse que só vai se manifestar quando tiver acesso a todas as informações do caso e afirmou que vai mandar um representante acompanhar as investigações.
Os corpos das cinco vítimas, funcionários da Leão Engenharia, serão enterrados nesta quarta-feira. Três das vítimas são da cidade de Altinópolis. O trabalhador Luciano Nunes Costa, de 38 anos, que sobreviveu ao acidente, foi submetido a cirurgia no Hospital das Clínicas e está no setor de recuperação.
Segundo a assessoria de imprensa da concessionária que administra o trecho, o local do recapeamento estava sinalizado segundo as normas, com indicativos e placas colocados quatro quilômetros antes da obra.
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