3.25.2012

Analgésico e Anestésico Sufenta

Bula do medicamento Sufenta. Classe terapêutica dos Anestesicos Sistemicos. Princípio ativo Sufentanil.

Indicações de Sufenta

O Sufenta, administrado por via intravenosa, é usado tanto como agente analgésico em associação com óxido nitroso/oxigênio, quanto como anestésico único em pacientes ventilados. Ele é particularmente útil para procedimentos mais longos e para intervenções mais dolorosas onde um analgésico potente é necessário para ajudar a manter a boa estabilidade cardiovascular. O Sufenta também é indicado para administração epidural em anestesia espinhal. O Sufenta quando utilizado pela via intravenosa é indicado: como um componente analgésico durante indução e manutenção de anestesia geral balanceada; como um agente anestésico para indução e manutenção da anestesia em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte. O Sufenta quando utilizado pela via espinhal é indicado: para o manejo da dor pós-operatória após cirurgia geral, torácica, ou procedimentos ortopédicos e cesariana; como analgésico associado à bupivacaína epidural para analgesia em parto vaginal.

Efeitos Colaterais de Sufenta

As reações adversas são aquelas associadas com o uso intravenoso de opióides, por exemplo, depressão respiratória, apnéia, rigidez muscular (que pode também envolver os músculos torácicos), movimentos mioclônicos, bradicardia, hipotensão (transitória), náusea, vômito e vertigem. Reações adversas menos frequentes são: laringospasmo; reações alérgicas e assistolia foram relatadas; mas como várias medicações foram administradas concomitantemente durante a anestesia, não é certo se existe uma relação causal com a droga; recorrência da depressão respiratória após o final da cirurgia foi observado em algumas circunstâncias raras. Sedação e prurido foram relatados após a administração epidural. A incidência e a gravidade de depressão respiratória precoce com a administração epidural pode ser menor se for adicionado adrenalina.

Como Usar (Posologia)

A posologia de Sufenta deve ser individualizada de acordo com a idade, o peso, o estado físico, patologias subjacentes, o uso de outras medicações, e o tipo de procedimento cirúrgico e a anestesia. O efeito da dose inicial deve ser levado em conta para a determinação das doses suplementares. Administração intravenosa: para evitar a bradicardia recomenda-se administrar uma dose intravenosa pequena de um anticolinérgico um pouco antes da indução. Pode ser dado Droperidol para prevenir náusea e vômito. Uso como agente analgésico: em pacientes submetidos à cirurgia geral, doses de Sufenta de 0,5-5 mcg/kg proporciona uma analgesia intensa, reduzindo a resposta simpática ao estímulo cirúrgico e preservando a estabilidade cardiovascular. A duração da ação é dose-dependente. Uma dose de 0,5 mcg/kg pode durar 50 minutos. Doses suplementares de 10 a 25 mcg devem ser individualizadas de acordo com as necessidades de cada paciente e de acordo com o tempo previsto de duração da operação. Uso como agente anestésico: quando usado em doses maiores ou iguais a 8 mcg/kg o Sufenta provoca sono e mantém um nível profundo, dose-dependente, de analgesia sem o uso de agentes anestésicos adicionais. Assim as respostas simpáticas e hormonais ao estímulo cirúrgico são atenuadas. Doses suplementares de 25-50 mcg geralmente são suficientes para manter a estabilidade cardiovascular durante a anestesia. Administração epidural: a localização adequada da agulha ou do cateter no espaço epidural deve ser verificada antes do Sufenta ser injetado. Uso para manejo da dor pós-operatória: uma dose inicial de 30 a 50 mcg deve provavelmente promover um alívio adequado da dor por até 4 a 6 horas. Doses adicionais em bolus de 25 mcg podem ser administradas se existem evidências de superficialização da analgesia. Uso como agente analgésico durante o parto: a adição de Sufenta 10 mcg à bupivacaina epidural (0,125%-0,25%) proporciona uma maior duração e uma melhor qualidade da analgesia. Se necessário, duas injeções subseqüentes da combinação podem ser dadas. Recomenda-se não exceder uma dose total de 30 mcg de sufentanila. O uso em idosos e em grupos especiais de pacientes: como em qualquer outro opióide a dose deve ser reduzida em pacientes idosos ou debilitados. O uso em crianças: a segurança e eficácia do uso de Sufenta pela via intravenosa em crianças abaixo de 2 anos de idade foi documentada em um número limitado de casos. Para indução e manutenção de anestesia em crianças de 2 a 12 anos de idade submetidas a cirurgias de grande porte, uma dose anestésica de 10-20 mcg/kg administrada com oxigênio a 100% tem sido usada. A segurança e eficácia do Sufenta pela via espinhal em pacientes pediátricos foram documentadas em um número limitado de casos. - Superdosagem: sintomas: uma superdose de Sufenta manifesta-se como uma extensão de suas ações farmacológicas. Dependendo da sensibilidade individual, o quadro clínico é determinado primariamente pelo grau de depressão respiratória, que varia da bradicardia a apnéia. Tratamento: na presença de hipoventilação ou apnéia, deve ser administrado oxigênio e a respiração deve ser assistida ou controlada conforme indicado. Um antagonista narcótico específico como a naloxona deve ser usado como indicado para controlar a depressão respiratória. Isso não exclui a utilização de medidas mais imediatas. A depressão respiratória pode durar mais do que o efeito do antagonista; doses adicionais podem ser assim necessárias. Se a depressão respiratória é associada com rigidez muscular, um bloqueador neuromuscular intravenoso pode ser necessário para facilitar a respiração assistida ou controlada. O paciente deve ser observado cuidadosamente; a temperatura corporal e a infusão adequada de líquidos deve ser mantida. Se a hipotensão é grave ou persistente, a possibilidade de hipovolemia deve ser considerada, e se presente, deve ser controlada com administração apropriada de líquidos por via parenteral. Compatibilidade: se necessário, o Sufenta pode ser misturado em infusões de soro fisiológico ou soro glicosado. Tais diluições são compatíveis com equipamentos de infusão de plástico, e devem ser utilizados no máximo até 24 horas após a preparação.

Contra-Indicações de Sufenta

Pacientes com intolerância conhecida ao medicamento ou a qualquer outro morfinomimético. O uso intravenoso no parto ou antes do clampeamento do cordão umbilical durante cesariana não é recomendado devido à possibilidade de depressão respiratória no recém-nascido. Para uso epidural, doses de até 30 mcg de sufentanila não influenciam na condição da mãe ou do recém-nascido. Como ocorre com outros opióides administrados por via espinhal, o Sufenta não deve ser dado em presença de: hemorragia ou choque graves; septicemia; infecção no local da injeção; distúrbio da hemóstase, tais como, trombocitopenia e coagulopatia; ou na presença de tratamento anticoagulante ou de qualquer outro tratamento medicamentoso ou outra condição médica concomitante onde seja contra-indicada a utilização da técnica por via espinhal.

Precauções

Como para com todos os opióides potentes: pode ocorrer depressão respiratória dose-dependente e que pode ser revertida pelo uso de um antagonista narcótico específico (naloxona), mas doses repetidas do antagonista podem ser necessárias porque a depressão respiratória pode durar mais tempo do que a duração da ação do antagonista opióide. Depressão respiratória importante acompanha a analgesia profunda. Ela pode persistir no período pós-operatório e se o Sufenta foi dado por via intravenosa ela pode mesmo recorrer, assim os pacientes devem permanecer sob observação apropriada. Os tratamentos de reanimação e antagonistas narcóticos devem estar prontamente disponíveis. A hiperventilação durante a anestesia pode alterar a resposta do paciente ao CO2 e assim afetar a respiração no período pós-operatório. A indução de rigidez muscular, também podem envolver os músculos respiratórios torácicos. Pode ocorrer, mas pode ser evitada se forem seguidas as seguintes medidas: injeção intravenosa lenta (geralmente suficiente para doses baixas). Pré-medicação com benzodiazepínicos e o uso de relaxantes musculares. Movimentos (MIO) clônicos não epilépticos podem ocorrer. Bradicardia e possivelmente assistolia podem ocorrer se o paciente tiver recebido uma quantidade insuficiente de anticolinérgicos ou quando o Sufenta é combinado com relaxantes musculares não vagolíticos. A bradicardia pode ser tratada com atropina. Os opióides podem induzir hipotensão, especialmente em pacientes hipovolêmicos. Medidas apropriadas de manutenção de uma pressão arterial estável devem ser tomadas. O uso de injeções de opióides em bolus rápidos devem ser evitados em pacientes apresentando acometimentos intracerebrais; em tais pacientes uma queda transitória da pressão arterial média foi ocasionalmente acompanhada de uma redução na pressão de perfusão cerebral de curta duração. Pacientes em tratamento crônico com opióides ou com uma história de abuso de opióides podem necessitar de doses maiores. É recomendada a redução da posologia em pacientes idosos e debilitados. Os opióides devem ser titulados com precaução em pacientes com qualquer uma das seguintes condições: hipotireoidismo não controlado; doença pulmonar; doença respiratória; alcoolismo; insuficiência renal ou hepática. Tais pacientes também necessitam de monitorização pós-operatória prolongada. Com a administração epidural, deve-se ter cuidado na presença de depressão respiratória ou comprometimento da função respiratória e na presença de sofrimento fetal. A paciente deve ser monitorada cuidadosamente por pelo menos 1 hora após cada dose, pois depressão respiratória precoce pode ocorrer. Interações medicamentosas: medicações, tais como, barbitúricos, benzodiazepínicos, neurolépticos, halogenados, depressores não seletivos do sistema nervoso central (p. ex., álcool) podem potencializar a depressão respiratória dos narcóticos. Quando os pacientes tiverem recebido tais substâncias, a dose de Sufenta deverá ser menor que a usual. Da mesma forma, após a administração de Sufenta, a dose dos outros depressores do sistema nervoso central deverá ser reduzida. Geralmente recomenda-se que seja interrompido o uso de inibidores da monoaminoxidase duas semanas antes de qualquer procedimento anestésico ou cirúrgico. No entanto, vários relatos descrevem o uso concomitante de fentanila, um opióide correlato, durante procedimentos cirúrgicos ou anestésicos em pacientes tomando inibidores da monoaminoxidase sem qualquer reação adversa. Gestação e lactação: a segurança do uso intravenoso da sufentanila em gestantes humanas não foi bem estabelecida, apesar dos estudos em animais não demonstrarem nenhum efeito teratogênico. Como ocorre com outros medicamentos, o risco deve ser pesado contra os potenciais benefícios para o paciente. Estudos clínicos controlados durante o trabalho de parto demonstraram que o Sufenta associado à bupivacaína epidural numa dose total de até 30 mcg não provocou sofrimento fetal ou qualquer efeito deletério sobre a mãe, mas o uso intravenoso não é recomendado no trabalho de parto. No entanto, um antídoto para a crianca deve estar sempre disponível. Não se sabe se a medicação é excretada no leite humano. Deve se ter cuidado quando se administra Sufenta a lactantes. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas: os pacientes só devem dirigir ou operar máquinas após um período de tempo suficiente depois da administração do Sufenta.

Apresentação

Solução injetável de 50 mcg/ml: embalagens contendo 25 ampolas de 1 ml (indicado para uso intravenoso e espinhal); embalagens contendo 10 ampolas de 5 ml (indicado para uso intravenoso). Solução injetável de 5 mcg/ml (indicado para uso espinhal); embalagens contendo 25 ampolas de 2 ml.

Composição

Cada ml de solução injetável de 50 mcg/mlcontém: citrato de sufentanila 75 mcg (equivalente a 50 mcg de sufentanila); excipientes: cloreto de sódio e água para injeção. Cada ml de solução injetável de 5 mcg/ml contém: citrato de sufentanila 7,5 mcg (equivalente a 5 mcg de sufentanila); excipientes: cloreto de sódio e água para injeção.

Laboratório

Janssen Cilag Farmacêutica Ltda.

Remédios da mesma Classe Terapêutica

Diprivan, Droperidol, Etrane, Fentanil, Fluothane
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Não a automedicação

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