Um trio de amigos, entre eles o advogado paulistano Paulo
Visani, começou a resgatar orquídeas do lixo e amarrá-las em árvores de
São Paulo. A repercussão na mídia deu ao projeto seguidores espontâneos
Texto Mariana Mello | Fotos Tati Abreu
Quando você caminhar por qualquer região da capital paulista e se deparar com
orquídeas amarradas em árvores, agradeça ao advogado
Paulo Visani. Há quatro anos, na companhia da paisagista
Adriana Irigoyen e do engenheiro agrônomo
Mario Bertinatto,
ele passou a recolher orquídeas dos lixos voluntariamente e a
prendê-las nas árvores do canteiro central da avenida Nove de Julho.
“Muita gente não sabe que a orquídea floresce várias vezes e a joga no
lixo, o que é umabsurdo”, diz. Hoje vivendo em Londres, Adriana conta
que, no começo, eles pediam ajuda aos vizinhos e conhecidos para que
coletassem orquídeas descartadas. Com o tempo, passaram a receber
doações de empresas de flores. “Na época, saímos na mídia e inspiramos
as pessoas. A ideia não era sermos protagonistas, mas difundir a
prática, deixar um legado”, conta Adriana. E conseguiram. Exemplo de
seguidor é o segurança alagoano
Paulo Barros de Oliveira,
39 anos, que trabalha na rua Bélgica, no Jardim Europa, e responde por
centenas de exemplares amarrados nas árvores das redondezas. “Cuido
delas melhor do que muito jardineiro”, diz. Quer fazer igual em seu
bairro? A dica da paisagista
Claudia Muñoz é escolher
uma árvore que proteja a planta do sol, do vento e da chuva. “Prenda com
barbanteemolhe uma vez por semana. Com o tempo, as raízes irão se fixar
no tronco e crescerão naturalmente”, explica. E não desanime: as flores
das orquídeas florescem apenas uma vez por ano.
O advogado Paulo Visani, um dos idealizadores do movimento Caçadores de Orquídeas
O segurança
Paulo Barros de Oliveira, que resgata e toma conta de orquídeas
descartadas na rua Bélgica, no Jardim Europa, em São Paulo
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