Pesquisa americana desenvolve vacina eficaz na imunização contra um número maior de variações do vírus da gripe
Para conseguir imunizar contra a gripe, os laboratórios produzem novas versões anualmente
(Jeffrey Hamilton/Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAAnualmente, diante da rápida mutação do H1N1 (responsável pela versão mais grave da gripe), laboratórios precisam produzir novas versões da vacina contra a gripe para tentar frear as epidemias. Ao contrário das vacinas atuais, que atacam a variante do vírus circulante no momento, o modelo criado pelos pesquisadores estimula a produção de anticorpos neutralizantes que se ligam a partes dos vírus que são comuns a diferentes cepas — ampliando, assim, sua atuação protetora. "Esse pode ser o caminho para a tão desejada vacina universal contra a gripe", diz Gary Nabel, coordenador do estudo.
Título original: Self-assembling influenza nanoparticle vaccines elicit broadly neutralizing H1N1 antibodies
Onde foi divulgada: periódico Nature
Quem fez: Gary J. Nabel e equipe
Instituição: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas em Maryland, EUA
Resultado: Os pesquisadores conseguiram criar uma versão da vacina contra a gripe capaz de imunizar contra uma variedade maior das cepas do vírus. Essa vacina pode, inclusive, ser eficaz contra versões do vírus que ainda não estão em circulação.
Saiba mais
NANOTECNOLOGIAÉ a parte da ciência que estuda o controle da matéria em escala atômica e molecular, entre um e 100 nanômetros. Um nanômetro equivale a um milímetro dividido em um milhão de partes. Para se ter uma ideia, o fio de cabelo possui uma espessura média de 75.000 nanômetros. Com a nanotecnologia, consegue-se produzir materiais com propriedades especiais, controlando a forma como eles absorvem e espalham a luz e conduzem eletricidade e calor, por exemplo.
Os pesquisadores precisam, agora, testar a nova vacina em humanos, e criar maneiras de produção a baixo custo. A equipe tenta, paralelamente, desenvolver vacinas contra o HIV e o vírus da herpes a partir da mesma abordagem. Nabel espera que a técnica possa ainda ser usada na criação de vacinas contra doenças causadas por bactérias e parasitas.
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