12.04.2013

Entre no ritmo

Livre-se da prisão de ventre e conquiste mais saúde e qualidade de vida





A constipação intestinal, ou dificuldade em evacuar, é um problema que atinge até 27% da população adulta*, sendo mais comum entre idosos e mulheres. A cada quatro pessoas afetadas pelo problema, três são do sexo feminino. Mulheres sofrem tanto com esse mal porque, muitas vezes, tratam o assunto como tabu e acabam inibindo o funcionamento intestinal. O stress e as emoções interferem nos movimentos necessários para expulsar as fezes. A prisão de ventre é também causada pela baixa ingestão de fibras e de líquidos. E pode virar um problema de saúde quando dois ou mais dos seguintes sintomas se manifestam por, no mínimo, três meses seguidos: esforço excessivo para evacuar, fezes duras e em forma de pequenas esferas, sensação de evacuação incompleta, necessidade de manobras manuais ou lavagem e presença de sangue. Fique atenta aos sintomas e cuide-se, quase sempre o problema pode ser resolvido.
*Pesquisa publicada noAmerican Journal of Epidemiology. Realizada por Garrigues V., Galvez C., Ortiz V., Ponce M., Nos P., Ponce J. E no American Journal of Gastrienterol.

Prisão de ventre e intestino preso são os nomes populares pelos quais é conhecida a constipação (ou obstipação) intestinal, um distúrbio comum caracterizado pela dificuldade persistente para evacuar.
É preciso considerar, entretanto, que não existe um padrão rígido para classificar a frequência normal de funcionamento dos intestinos, que pode variar de 3 a 12 vezes por semana. Só se considera um quadro típico de constipação, quando ocorrem duas ou menos evacuações por semana e/ou o esforço para evacuar é grande demais e pouco produtivo.
Algumas pessoas se queixam de que o intestino não funciona regularmente em ambientes estranhos, ou quando quebram a rotina, como ocorre durante as viagens, por exemplo. Essa alteração, porém, costuma desaparecer tão logo a pessoa retoma suas atividades habituais.
A constipação é um transtorno mais comum nas mulheres, especialmente durante a gravidez, nas crianças e nos idosos.
Causas
As causas mais comuns da prisão de ventre costumam ser a dieta pobre em fibras, a pequena ingestão de líquidos, o sedentarismo, assim como o consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados. Não atender à urgência para evacuar, quando ela se manifesta, também pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos.
A prisão de ventre pode, ainda, estar associada a doenças do cólon e do reto, como diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e câncer colorretal. Pode, igualmente, ser provocada pelo uso de certos medicamentos e por alterações neurológicas e do metabolismo. Estresse, depressão e ansiedade são outras ocorrências capazes de interferir nos hábitos intestinais.
A complicação mais comum da constipação é o fecaloma, massa compacta de fezes endurecidas, que se deposita no reto ou no cólon-sigmoide, e interrompe o trânsito intestinal. A tendência é o fecaloma aparecer mais nas pessoas com dificuldade de locomoção, como os idosos acamados e os cadeirantes. 
Sintomas
Os sintomas da prisão de ventre podem variar de uma pessoa para outra ou na mesma pessoa nas diferentes crises. Os mais característicos são: 1) número reduzido de evacuações, 2) dificuldade para eliminar as fezes que se apresentam ressecadas, muito duras e pouco volumosas,  3) sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos. No entanto, esses não são os únicos sintomas. Desconforto, distensão e inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos são manifestações  que também podem estar correlacionadas com a prisão de ventre.
Diagnóstico
O levantamento da história do paciente, seguido de um exame clínico minucioso, é o passo fundamental para o diagnóstico da constipação. Exames de laboratório, como hemograma e sangue oculto nas fezes, e de imagem – enema opaco, colonoscopia e tempo de trânsito das fezes – são importantes para determinar as causas do distúrbio, estabelecer o diagnóstico diferencial e conduzir o tratamento.
Tratamento
Posto que a prisão de ventre é apenas um sintoma e não uma doença em si, o objetivo do tratamento é corrigir as causas do distúrbio.
A maioria dos pacientes se beneficia com mudanças na dieta e no estilo de vida. Basicamente, a primeira delas consiste na maior ingestão de fibras (legumes, verduras, frutas, cereais integrais, etc.), de alimentos com propriedades laxativas, como o mamão e a ameixa, de farelos em pó misturados aos alimentos ou diluídos em água ou em sucos e de suplementos com fibra na forma de biscoitos ou comprimidos. A segunda, é beber bastante líquido (aproximadamente dois litros por dia, se não houver contraindicação médica, pois pessoas com insuficiência cardíaca ou renal, por exemplo, podem não tolerar esse volume de líquido).Praticar atividade física é outra medida essencial para o bom funcionamento dos intestinos. Em alguns casos, porém, pode ser necessário prescrever o uso de supositórios e de enemas (lavagens intestinais) para facilitar a eliminação das fezes.
Em virtude de possíveis efeitos adversos, o uso de laxativos deve ser criteriosamente orientado por um médico. Finalmente, só em situações muito especiais e raras, é preciso recorrer à cirurgia para retirada do fecaloma endurecido.

 Recomendações
* Vá ao banheiro sempre que tiver vontade;
* Beba muito líquido, mas álcool com moderação, porque ele ajuda a desidratar as fezes;
* Saiba que a ingestão de farelo em pó pode aumentar a produção de gases;
* Coma frutas, se possível com casca, nos intervalos entre as refeições;
* Tente administrar as situações de estresse e as crises de ansiedade. Se precisar de ajuda, não se acanhe. As emoções podem ter influência sobre o funcionamento dos intestinos. Lembre-se de que esse órgão já foi chamado de segundo cérebro.
* Procure assistência médica se notar mudanças significativas nos hábitos intestinais. Não deixe também de ir ao médico, se as fezes estiverem muito ressecadas ou muito finas, se houver sinais de sangramento, ou se você estiver emagrecendo sem nenhuma explicação aparente. 
  Drauzio Varela

Prisão de ventre, o que fazer?

Em um caso de prisão de ventre recomenda-se caminhar e beber mais água. O intestino, em geral funciona em poucas horas.
Fazer uma alimentação balanceada, investindo no consumo de legumes, verduras e frutas em todas as refeições do dia, são também dicas importantes para o dia a dia de quem sofre com o intestino preso.
O que comer para prisão de ventre 
Alguns alimentos que ajudam a soltar o intestino, e por isso devem ser consumidos diariamente, são o brócolis, couve-flor, mamão, abóbora, ameixa e kiwi.
O que não comer para prisão de ventre
Caso, a prisão de ventre seja constante, deve-se evitar comer alimentos ricos em carboidratos, como arroz, batata, macarrão e pão branco. Além de não comer farinhas, farofa, banana ou alimentos industrializados durante alguns dias, porque geralmente são pobres em fibra.
Massagem para aliviar a prisão de ventre
Uma outra forma de aliviar a prisão de ventre é fazer uma massagem abdominal. A massagem deve ser feita na região logo abaixo do umbigo, no sentido da direita para a esquerda, fazendo um movimento de pressão como se estivesse empurrando as fezes para o lado esquerdo.
Quando chegar perto do osso do quadril do lado esquerdo, deve-se realizar a massagem, a partir deste ponto, no sentido para baixo em direção à virilha. Esta massagem pode ser feita pelo próprio indivíduo, sentado ou deitado na cama.

Remédio para prisão de ventre

Os laxantes só devem ser utilizados em último caso, quando o indivíduo já tentou todas as alternativas sem sucesso. Mas, mesmo assim, não deve-se tomar mais de 3 laxantes por mês, pois ele retira muita água do organismo e prejudica a absorção de nutrientes.
Os indivíduos que sofrem com o intestino preso e têm constante prisão de ventre precisam adotar uma nova forma de se alimentar e devem se exercitar todos os dias. Assim, a quantidade de fibras ingeridas é maior e os movimentos peristálticos do intestino podem ser mais eficazes na eliminação das fezes.
Não é extremamente necessário ir ao banheiro todos os dias, mas menos que 3 vezes por semana também já pode indicar prisão de ventre. Por isso, é importante saber o que fazer, pois com o passar do tempo ela pode se agravar.

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