Um acordo entre governo federal e empresas aéreas vai garantir prioridade de embarque nos aviões para órgãos doados.
Pelo acordo, que será assinado na noite desta quarta-feira (4), as principais empresas aéreas se comprometem a dar prioridade ao transporte do órgão doado e da pessoa que o transporta. Isso pode significar ceder até dois lugares no avião, caso não haja a possibilidade de transporte na cabine do piloto --que é o cenário mais frequente.Em caso de voo lotado, as empresas se comprometem a convidar passageiros, no momento do check-in, a cederem lugares em troca de embarcarem no voo seguinte. Não haverá obrigatoriedade de o passageiro fazer a troca, porém.
Segundo o Ministério da Saúde, os órgãos já são transportados de graça, mas não há uma organização nem compromisso firmado.
Os voos que carregam órgãos terão prioridade em pousos e decolagens, define o acordo assinado entre a associação das empresas, Saúde e órgãos do governo que cuidam da aviação.
A estimativa do governo é, a cada ano, ampliar em 10% o número de órgãos doados. Segundo o Ministério da Saúde, o número de voos utilizados costuma acompanhar esse crescimento. Em 2012, foram 1.296 órgãos e tecidos transportados; e, em 2013, até o momento, foram 3.514.
O acordo também prevê que equipes do sistema nacional de transportes se revezem para monitorar, de uma base no Rio de Janeiro, os melhores voos para fazer o transporte de cada órgão doado.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) apelou, em entrevista nesta quarta, para a solidariedade dos passageiros que, eventualmente, forem convidados a ceder assentos. "Não é uma doação de órgão, mas de horário, que pode salvar mais de uma vida."
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