Pessoas que sofrem de transtorno obsessivo compulsivo, o popular TOC, podem buscar informações na web sobre o problema. Uma pesquisa suiça avalia a qualidade dos sites e das informações sobre TOC
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A Internet é cada vez mais utilizada como fonte de informação
para questões de saúde mental. Pessoas ou parentes de pessoas que
sofrem de transtorno obsessivo compulsivo, o popular TOC, podem se
sentir compelidos a buscar informações de boa qualidade na web sobre o
problema. Mas será que eles vão encontrar informação de boa qualidade ?.
Esta questão foi abordada por um estudo realizado por pesquisadores
suíços que avaliaram o conteúdo de diversos sites em inglês que focavam a
TOC. Eles compararam também dois sistemas de busca, o Google, mais
genérico e outro, especializado em assuntos de medicina. Alguns
instrumentos pré-existentes foram usados para avaliar a qualidade dos
conteúdos e eles incluíam aspectos como compreensibilidade e autoria do
texto, além de interatividade com leitor.
Vejamos o que aconteceu. Dos 235 links encontrados, 53 sites
foram analisados. A primeira boa surpresa é que o a qualidade do
conteúdo dos sites sobre TOC foi relativamente boa. A segunda é que não
houve grande diferença entre os motores de busca, ou seja, o Google
mandou tão bem quanto o buscador especializado em temas médicos. Para
quem desconfia da internet como fonte de informação para problemas
médicos, aqui foi exatamente o contrário. Mas vale lembrar que pesquisas
indicam que até 80% das pessoas conectadas na web procuram informações
sobre saúde, mas, principalmente, sobre doenças e tratamentos. E que
para alguns casos, como por exemplo, do transtorno bipolar e da
depressão, outros estudos mostraram que o conteúdo dos sites também era
bom.
Os autores destacam que ao longo das décadas se observa
evolução na informação médica veiculada pela internet, mas que,
obviamente, ela não exclui o diálogo entre paciente e provedor de saúde.
De fato, eles sugerem que a informação coletada na rede seja discutida
com o médico. É um jeito direto de dizer que nenhum médico vai perder
pacientes para o “Dr Google”. (Klila et al. Quality of Web-based information on obsessive compulsive disorder. Neuropsychiatric Disease and Treatment
Comentário "boaspraticasfarmaceuticas" : O fator mais positivo na Internet é que hoje ninguém engana ninguém, ou seja o paciente tem o direito de saber se o tratamento é o mais indicado e condiz com que o DOUTOR está receitando. é importante que o paciente cheque os sites confiáveis como aqueles das sociedades brasileiras da especialidade médica.
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