Muitos estudos comprovam que sorrir faz bem
para o corpo e para mente: além de ajudar no controle da pressão
arterial, reduz o estresse, aumenta o relaxamento dos músculos, produz
endorfinas (substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar) e
fortalece o sistema imunológico. Porém, não é todo mundo que se sente à
vontade para exibir os dentes, principalmente devido à falta de alguns
deles.
Bruna Carvalho, cirurgiã-dentista e especialista em implantes
dentários, explica que existem duas causas principais de perda de
dentes: a doença periodontal, prejudicial aos tecidos de sustentação, ao
osso maxilar, à mandíbula e à gengiva, e a cárie em condição muito
avançada, que pode provocar a necrose (ou “morte”) do nervo e o
comprometimento da raiz.
Nesses e em outros casos, o implante é uma alternativa viável, visto
que apresenta alto índice de sucesso, bem como preços e formas de
pagamento mais acessíveis.
Como é feito?
“Por meio de processo cirúrgico, uma raiz artificial é instalada no
osso maxilar ou mandibular. Nela é encaixada a prótese, que tem a
aparência de um dente comum”, explica Luis Francisco Coradazzi, dentista
doutor em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e
sócio do Centro de Cirurgia Oral (CCO) de Goiânia.
Nas situações em que a estrutura óssea não permite a fixação do
implante, o profissional faz um enxerto com parte de osso retirado do
corpo do próprio paciente (da mandíbula ou da bacia, por exemplo).
Materiais de outras pessoas (obtidos em bancos de tecidos), de origem
animal e sintéticos também podem ser utilizados.
Cuidados antes e depois do procedimento
É imprescindível procurar um especialista. Só ele saberá indicar o
melhor tratamento para o seu caso e solicitar os exames que você deve
realizar. “Diabetes descontrolada ou o uso contínuo de anticoagulantes,
por exemplo, podem aumentar o risco durante a cirurgia”, alerta Bruna.
O repouso e os cuidados variam muito na fase pós-implante, e é também o
profissional que irá indicar a necessidade ou não de interromper as
atividades diárias.
Segundo a cirurgiã, “Em geral, o período de integração do osso varia de
45 dias a oito meses, conforme o tipo do implante e as condições ósseas
do paciente”. Fatores como o fumo e a má qualidade da higienização
bucal podem comprometer esse processo.
Manutenção
Após o procedimento, os cuidados com a limpeza da boca
devem ser redobrados. “Se não houver uma escovação adequada, o uso de
fio ou fita dental e de enxaguante bucal, o paciente pode perder a
prótese, assim como acontece com um dente natural”, alerta a
especialista.
Além da higienização, o paciente deve ficar atento ao desgaste
provocado pela mastigação, uma vez que pode ser necessário realizar a
troca da prótese após alguns anos.
Mitos e verdades
Agora que você já sabe mais sobre os implantes dentários, fique por dentro dos mitos e verdades a respeito desse assunto.
Somente idosos podem ter implantes.
MITO: “Essa é uma opção viável para qualquer pessoa
acima dos 17 anos – momento em que termina o crescimento dos ossos da
face – e que não tenha restrições de saúde,” afirma Luis.
Quem usa dentadura não pode ter implante.
MITO: Nesse caso, depende da avaliação clínica e
radiográfica do especialista para entender se os ossos da boca suportam a
instalação dos dentes. Se isso não for possível, uma alternativa é
fazer um enxerto na região.
Após a perda do dente, o implante deve ser colocado o mais rápido possível.
VERDADE: “Como consequência da falta do dente, o osso
sofre um processo de reabsorção fisiológica que pode prejudicar e até
inviabilizar a colocação da nova raiz”, afirma o especialista.
Fumar atrapalha no tratamento.
VERDADE: Estudos científicos comprovam que pacientes
fumantes apresentam um índice de insucesso de 11% na osseointegração dos
novos dentes.
Doenças na gengiva devem ser tratadas antes de se realizar o implante.
VERDADE: Os especialistas aconselham que os pacientes estejam com a saúde bucal em dia para a instalação das próteses.
O organismo pode rejeitar o implante.
MITO: Os implantes são feitos de titânio, material que possui compatibilidade biológica com o tecido ósseo.
É possível fazer o implante de todos os dentes.
VERDADE: “Existem próteses fixas nas quais, por
exemplo, dois implantes são suficientes para repor três dentes lado a
lado”, comenta Bruna. Além disso, se forem do tipo protocolo, é possível
colocar todos os dentes com apenas quatro implantes. É a avaliação do
cirurgião-dentista que vai definir a opção mais indicada.
Fonte: Portal Vital
Fonte: Portal Vital
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