Negócio bilionário mostra também a importância da Petrobras
"Representa também uma avaliação da grande capacidade técnica, operacional e gerencial da Petrobras, especialmente considerando os atuais marcos da legislação nacional, que atribui a ela o papel de operadora única das novas oportunidades do pré-sal, com contratos de partilha de produção", prossegue Gabrielli.
O negócio foi anunciado semana passada, quando o JB também destacou que a aposta na Shell no negócio mostra justamente como a companhia acredita no pré-sal e valoriza a Petrobras, se colocando como sua principal parceira na exploração e produção.
>> Veja aqui: Por R$ 217 bi, Shell compra BG Group e se coloca como 'principal parceira da Petrobras'
Veja trecho do artigo de Gabrielli no site Brasil 247:
Shell e BG formam um gigante. Petrobras é outro!
Por José Sergio Gabrielli de Azevedo, especial para o 247
A compra da BG pela Shell foi a primeira grande operação de fusão entre petroleiras do mundo nos últimos 20 anos, indicando o retorno do ciclo de concentração do setor, que ocorre todas as vezes que os preços de petróleo caem. Para o Brasil representa um claro reconhecimento da produtividade e oportunidades do pré-sal brasileiro, de onde surgirá o maior potencial de expansão das reservas da nova empresa por décadas, refletindo as expectativas sobre os enormes potenciais desta gigantesca fronteira exploratória de padrão mundial.
Representa também uma avaliação da grande capacidade técnica, operacional e gerencial da Petrobras, especialmente considerando os atuais marcos da legislação nacional, que atribui a ela o papel de operadora única das novas oportunidades do pré-sal, com contratos de partilha de produção.
A Shell não comprometeria 25% do crescimento de suas reservas com operações com empresas que não fossem confiáveis técnica, operacional e financeiramente. O CEO da Shell foi claro: apesar das crises reputacionais, com as denúncias que abundam nas manchetes dos jornais, a Petrobras é uma empresa com enorme capacidade de superar os problemas e comandar os processos de exploração e crescimento da produção
O maior efeito da fusão não será na produção da nova companhia, mas sim no acesso a potenciais reservas, como no campo de Libra e nos benefícios futuros das novas explorações do pré-sal. As estimativas iniciais falam em aumento imediato de 25% das reservas mundiais de petróleo da Shell e de 20% na produção, depois da fusão.
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