Agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) prenderam um porteiro de um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, que selecionava moradores do prédio e os indicava para serem vítimas da quadrilha que aplicava golpes do “disque-extorsão”. Vitor Alexandre dos Santos, de 28 anos, foi capturado em Realengo, também na Zona Oeste, onde marcou para um rapaz lhe entregar R$ 5 mil. O dinheiro seria para liberar o filho da vítima, que os criminosos diziam ter sequestrado.
De acordo com o delegado Antenor Martins Lopes, titular da Dcod, o golpe começava com Thiago Cipriano Fraga, de 27 anos, ligando para as vítimas e simulando que estava com seus filhos e parentes. O criminoso - que cumpre pena pelo crime de homicídio no Complexo de Gericinó, em Bangu - fazia ameaças e não permitia que a pessoa desligasse o telefone. Ele a direcionava a um ponto de encontro onde Vitor e Márcio Cipriano Fraga, de 25 anos, arrecadavam o dinheiro para o suposto resgate.
Na madrugada desta segunda-feira, os agentes da especializada foram com uma vítima até o ponto marcado. Parte do diálogo entre ela e Thiago foi registrada em áudio, pelo celular.
Ao serem abordados pelos policiais, eles reagiram e Márcio acabou sendo baleado. Ele está internado no Hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo, e não corre risco de morrer. Já Vitor foi preso em flagrante. Os dois, além de Thiago, foram autuados pelo crime de extorsão, cuja pena chega a quatro anos de prisão.
Numa troca de mensagens entre Vitor e Thiago, o porteiro conta que “trabalha na portaria” e tem nomes e número de apartamentos e blocos dos moradores. O presidiário então determina que o comparsa selecione “nomes de ricos”, o que é aceito por Vitor. Em outra conversa, ele ainda se coloca à disposição da quadrilha: “Se tiver trabalho para o lado da Taquara, já vou estar por lá”.
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