5.17.2015

Risco cardíaco é mais alto em quem tem aperto de mão fraco


Falta de força ainda indica chance de morrer de outras doenças, diz estudo

Risco cardíaco é maior para quem tem aperto de mão fraco
Risco cardíaco é maior para quem tem aperto de mão fraco
PUBLICADO EM 15/05/15 - 03h00
Paris, França. A força ou suavidade de um aperto de mão pode indicar o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral? É o que sugere um estudo publicado ontem pela revista médica britânica “The Lancet

“A força do aperto de mão pode ser um teste barato e fácil para avaliar o risco de morte e risco de doença cardiovascular”, afirmou o pesquisador Darryl Leong, da Universidade McMaster, no Canadá, que coordenou o estudo.
Como parte de um estudo epidemiológico em larga escala, com a participação de cerca de 140 mil pessoas de 35 a 70 anos, em 17 países diferentes, a força do aperto de mãos dos participantes foi medida por um dispositivo especial, o identificador de dinamômetro.
Durante o acompanhamento dessas pessoas ao longo de um período de quatro anos, os pesquisadores analisaram a correlação entre a força da mão e a saúde dos indivíduos em termos de ocorrência de várias doenças, como diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e morte prematura.
O resultado mostra uma forte correlação entre o aperto de mão fraco e o risco de morrer por todas as causas.
Força. De acordo com os cálculos dos cientistas, um decréscimo de 5 kg na força do aperto de mão está associado a 16% mais chances de morrer prematuramente por todas as causas.
Essa mesma queda de 5 kg na força da mão está associada a um risco aumentado de 7% de sofrer um ataque do coração, e 9% de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O teste da resistência da força da mão é um “indicador mais confiável” do que a pressão arterial sistólica para prever a morte prematura, segundo a “The Lancet”.
A correlação funciona mesmo depois de levar em conta fatores de risco tradicionais, como idade, consumo de tabaco ou álcool.
“A força de preensão é um indicador poderoso e simples de uma doença futura, de morbidade e de mortalidade”, estimaram em um comentário dois especialistas britânicos, Aihie Avan Sayer (University of Southampton) e Thomas Kirkwood (University of Newcastle).
“A ideia não é nova (...). Mas a perda de força de preensão pode ser um bom marcador de envelhecimento, talvez devido à escassez de doenças musculares que afetam essa função”, de acordo com comentário também publicado pela “The Lancet”.
Flash
CulturaTestando pessoas de 17 países, os pesquisadores também descobriram que, dependendo da cultura, a força necessária para um “bom” aperto de mão varia.

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