7.14.2015

14 de julho, Ato em Defesa da Petrobras.


Depois de anunciar que pretende abrir o capital da BR Distribuidora ou conseguir um sócio para a subsidiária, a Petrobras negocia a venda de outro ativo importante, informa hoje O Globo: a Gaspetro, dona de uma rede de quase sete mil quilômetros de gasodutos (TAG) e com participação em 19 empresas de distribuição de gás natural no país, como a Ceg-Rio. A decisão da estatal é vender 49% da empresa. O jornal afirma que, segundo fontes que participam das discussões, as negociações já estão avançadas e há três grupos interessados em comprar parte da companhia.
Contra este plano de venda de ativos da empresa, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos decidiram convocar os petroleiros para uma greve nacional de 24 horas, no dia 24 de julho. “Contra o novo plano de Gestão e Negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimônio da estatal. Isso significará o desmantelamento do Sistema Petrobrás, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais. A BR já está em processo de abertura de capital  e outros ativos estratégicos serão entregues ao mercado, se os trabalhadores não barrarem esse ataque”, diz matéria da FUP sobre o tema.
Amanhã, dia 14 de julho, haverá um ato em defesa da Petrobras no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A mobilização em defesa da empresa contará com a participação dos movimentos sociais, entre eles, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Na semana passada,  a mobilização de petroleiros e movimentos sociais culminou na retirada do regime de urgência do projeto de lei 131/2015, do FDP do José Serra (PSDB-SP), que pretende por fim ao modelo de partilha que garante participação mínima de 30% da Petrobras na exploração do pré-sal. Nesta semana, senadores aprovaram a criação de uma comissão especial para debater o projeto por 45 dias, antes de ir para votação em plenário.
Para o Coordenador Geral da FUP, José Maria Rangel, a presença da categoria no Senado e as diversas atividades de mobilização dos petroleiros que ocorreram em todo o País foram fundamentais para garantir o adiamento da votação. “O trabalho realizado nas últimas semanas foi intenso e mostrou que a decisão da categoria, na Plenafup, foi acertada e corajosa. Conseguimos evitar que esse projeto entreguista fosse votado às pressas, sem o devido entendimento dos parlamentares e da sociedade sobre a gravidade que representa para o futuro do nosso País”, comemorou.
A luta, no entanto, está somente no começo, como mostra a notícia de hoje. Então, amanhã, Ato em Defesa da Petrobras!

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