Presidente falou em Milão (Itália) sobre votações na Câmara e no Senado.
Ela afirmou também que país não consegue garantir reajuste do Judiciário.
A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista neste sábado (11), em Milão (Itália), que não há "rebelião" no Congresso Nacional, mesmo quando há "divergências" entre os parlamentares da base em votações de interesse do Palácio do Planalto.
Dilma esteve na cidade para visita ao Pavilhão Brasil da Expo Milão. A cidade italiana foi a última na agenda internacional da presidente. Nesta sexta (10), ela esteve em Roma, onde se reuniu com o primeiro-ministro do país, Matteo Renzi. Na quinta (9) e na quarta (8), Dilma participou, em Ufá (Rússia), da VII Cúpula do Brics (grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Dilma esteve na cidade para visita ao Pavilhão Brasil da Expo Milão. A cidade italiana foi a última na agenda internacional da presidente. Nesta sexta (10), ela esteve em Roma, onde se reuniu com o primeiro-ministro do país, Matteo Renzi. Na quinta (9) e na quarta (8), Dilma participou, em Ufá (Rússia), da VII Cúpula do Brics (grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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"Eu vou falar para vocês uma coisa: eu não chamo rebelião. Eu não chamo de rebelião votação no Congresso em que há divergências. A gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balanço, nós mais ganhamos do que perdemos. Eu não concordo que haja uma rebelião", disse a presidente.
Nesta semana, o Senado aprovou a medida provisória enviada pelo governo que mantém até 2019 a atual base de cálculo para o reajuste do salário mínimo. Os senadores, entretanto, aprovaram também a inclusão no texto de proposta que estende o reajuste aos benefícios previdenciários, o que o governo não queria, sob a argumentação de que a medida pode resultar em R$ 9,2 bilhões a mais de gastos para a Previdência.
Na última segunda (6), o vice-presidente Michel Temer, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, negou que haja crise política e afirmou que a presidente Dilma tem apoio da base aliada na Câmara e no Senado.
Superávit
Em Milão, a presidente foi questionada sobre se o governo revisará a meta de superávit primário (economia feita para pagar os juros da dívida pública) prevista para este ano. Nesta semana, o relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), propôs reduzir a metade 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,4%.
"O nosso objetivo é manter a meta. Nós queremos manter a meta, é isso que nós queremos. [...] A nossa decisão é manter a meta. Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta", declarou Dilma na Itália.
Reajuste do Judiciário
Na entrevista, a presidente também comentou o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional aos servidores do Judiciário, que varia de 53% a 78,5%, de acordo com a categoria. Segundo Dilma, o Brasil não tem condição de arcar com a despesa.
"Nem em momentos, assim, de grande crescimento, se consegue garantir reajustes de 70%. Muito menos em um momento em que o Brasil precisa de fazer um grande esforço para voltar a crescer”, disse a presidente.
'Metáfora'
Durante a visita à Expo Milão, a presidente andou sobre uma rede na qual precisou se equilibrar. Na entrevista, ela foi pergunta sobre se o fato de ter "balançado" e depois se "estabilizado" pode ser considerado uma "boa metáfora" do segundo mandato.
"Não, querido, eu acho que o meu mandato é, eu diria assim, mais firme do que essa rede", respondeu. Ela disse também que, em função de ser uma rede, "você fica balançando mesmo".
Um jornalista, então, disse: "mas não caiu, não é, presidenta?", e ela emendou: "não, não cai, não. Mas a gente, sempre, para não cair, tem de ser ajudada, não é?"
Nesta semana, o Senado aprovou a medida provisória enviada pelo governo que mantém até 2019 a atual base de cálculo para o reajuste do salário mínimo. Os senadores, entretanto, aprovaram também a inclusão no texto de proposta que estende o reajuste aos benefícios previdenciários, o que o governo não queria, sob a argumentação de que a medida pode resultar em R$ 9,2 bilhões a mais de gastos para a Previdência.
Na última segunda (6), o vice-presidente Michel Temer, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, negou que haja crise política e afirmou que a presidente Dilma tem apoio da base aliada na Câmara e no Senado.
Superávit
Em Milão, a presidente foi questionada sobre se o governo revisará a meta de superávit primário (economia feita para pagar os juros da dívida pública) prevista para este ano. Nesta semana, o relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), propôs reduzir a metade 1,13% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,4%.
"O nosso objetivo é manter a meta. Nós queremos manter a meta, é isso que nós queremos. [...] A nossa decisão é manter a meta. Agora, a gente avalia sempre, e vamos fazer todos os esforços para manter a meta", declarou Dilma na Itália.
Reajuste do Judiciário
Na entrevista, a presidente também comentou o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional aos servidores do Judiciário, que varia de 53% a 78,5%, de acordo com a categoria. Segundo Dilma, o Brasil não tem condição de arcar com a despesa.
"Nem em momentos, assim, de grande crescimento, se consegue garantir reajustes de 70%. Muito menos em um momento em que o Brasil precisa de fazer um grande esforço para voltar a crescer”, disse a presidente.
'Metáfora'
Durante a visita à Expo Milão, a presidente andou sobre uma rede na qual precisou se equilibrar. Na entrevista, ela foi pergunta sobre se o fato de ter "balançado" e depois se "estabilizado" pode ser considerado uma "boa metáfora" do segundo mandato.
"Não, querido, eu acho que o meu mandato é, eu diria assim, mais firme do que essa rede", respondeu. Ela disse também que, em função de ser uma rede, "você fica balançando mesmo".
Um jornalista, então, disse: "mas não caiu, não é, presidenta?", e ela emendou: "não, não cai, não. Mas a gente, sempre, para não cair, tem de ser ajudada, não é?"
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