Mas a grande incógnita em suspense na capital federal é sobre o que ele decidiu falar publicamente, depois do encontro com seus aliados, devendo assumir oposição ao Governo Temer.
Alguns deputados confirmaram o convite para a reunião e disseram que Cunha se sente abandonado pelo conjunto dos apoiadores e integrantes da grande conspiração para afastar a presidenta Dilma Rousseff do Palácio do Planalto com a abertura e consolidação na Câmara Federal.
DELAÇÃO E OUTROS ALVOS
Cerebral, ou seja, longe de uso da emoção, Eduardo Cunha está construindo sua própria posição diante dos inúmeros processos nos quais tem sido acusado criminalmente de desvios de recursos públicos, portanto, há um sentimento entre aliados de que ele não cairá sozinho.
Cresce a hipótese de ele criar as maiores dificuldades para Temer inviabilizando seu governo interino. Da mesma forma, há alta tensão sobre a possibilidade de ele envolver ministros do Supremo Tribunal Federal.
Até os primeiros momentos do domingo, ele partilhava com aliados de uma posição ainda não fechada sobre delação.
TEMER, PMDB E PSDB EM PÂNICO
A posição de abandonado tem levado Cunha ao ápice de uma estratégia pessoal de buscar amenizar toda a carga e responsabilidade atirada contra ele, não só das tramas e estratégias de grandes negócios via emendas, etc, como do seu papel fundamental pelo Impeachment, por isso não admite viver a solidão imposta a ele, até por saber e admitir que medidas mais rigorosas, entre elas a sua prisão e de familiares, podem estar em curso.
É em face deste sentimento que o presidente interino Michel Temer, todas as cúpulas do PMDB e PSDB estão sem dormir porque pode afundar todo o esquema.
Como se diz lá no bairro da Torre, "cada um colhe o que planta".
Em síntese, toda a conspiração considerada também como golpe, está com seus dias contados de revelações - as mais escabrosas possíveis atingido a jovem democracia brasileira sem a necessidade dos horrores de agora porque o Poder precisa ser emanado da sociedade, do povo, e não da forma construída.
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