Chamado de "batalhador jurídico e político" pelo interino Michel Temer, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começa a criar constrangimentos para a cúpula do PMDB; seu primeiro alvo é o senador Édison Lobão; a defesa de Cunha pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a quebra do sigilo telefônico do próprio deputado e de Lobão; jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, lembra que o sigilo de Lobão está quebrado desde janeiro, embora mantido em sigilo; "Cunha quer forçar sua divulgação?", questiona; leia íntegra
Solicitação foi feita na ação penal da Operação Lava-Jato na qual Cunha é réu, acusado de ter recebido propina de US$ 5 milhões em contratos de sondas da Petrobras. O peemedebista pediu ainda que seja realizada uma perícia em todos os arquivos de vídeo e áudio que compõem a delação premiada dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano.
Leia na íntegra artigo de Fernando Brito, do Tijolaço sobre o assunto:
Cunha vai ligar o ventilador?
Eduardo Cunha, a considerar o que diz matéria publicada agora há pouco pelo O Globo, pode ter dado o primeiro passo para “peemedebizar” suas aventuras financeiras.
A pretexto de provar que não houve o telefonema entre Edison Lobão e ele, Cunha, quando o empresário Júlio Camargo teria ido discutir assuntos de propina com o ex-ministro de Minas e Energia, pediu a quebra dos sigilos telefônicos de Lobão e o seu próprio.
Não se sabe se, até agora, rastrearam todas as ligações telefônicas de Cunha.
Mas o sigilo de Lobão está quebrado desde janeiro, embora mantido em sigilo.
Cunha quer forçar sua divulgação?
Pode ser uma simples medida protelatória.
Pode esbarrar na negação a priori que o STF faz em relação a qualquer pedido de Cunha – inclusive esta de impedir seu ingresso na Câmara, que equivale a uma quase decretação de prisão do presidente afastado da Câmara.
Mas é o primeiro gesto concreto de Cunha para espalhar no ventilador peemedebista as encrencas em que está metido.
Porque se ficar estabelecido que Cunha achacava e obtinha dinheiro para comprar apoio, alguém o vendia.
O abraço de afogado, todos sabem, costuma levar outros para o fundo do mar
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