O assunto é sério. Toda atenção ainda é pouca!
Quem não dispensa o chope, uns copinhos de cerveja, um bom vinho ou aquela caipirinha com morango em altas doses, precisa saber que álcool se mistura facilmente com a água do corpo, e como as mulheres possuem proporcionalmente menos água do que os homens, a concentração e os efeitos da bebida, bem como os riscos à saúde, acabam sendo maiores.
“Estudos científicos apontam que, nas mulheres, o uso de álcool está associado ao desenvolvimento de câncer de mama, principalmente quando combinado ao uso de reposição hormonal na pós-menopausa, por exemplo. Sob o efeito de bebida, as mulheres ainda podem ficar suscetíveis a abusos sexuais e fazer sexo desprotegido, além de efeitos negativos sobre o casamento e no desenvolvimento dos filhos”, explica a psiquiatra e coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Camila Magalhães Silveira.
Segundo a médica, outro hábito preocupante entre as mulheres é o consumo do álcool durante a gravidez, acarretando problemas sérios. Tanto a saúde do feto, como a da mãe podem sofrer efeitos negativos como a Síndrome Fetal Alcoólica (SFA), apontada como a maior causa de retardo mental em crianças, uma vez que o álcool atravessa a placenta.
“O uso de álcool durante a gravidez pode trazer inúmeros problemas para o bebê, incluindo hiperatividade e déficits de atenção, aprendizado e memória. Outros fatores podem contribuir para o surgimento destes distúrbios: padrão de consumo de álcool, metabolismo materno, suscetibilidade genética, período da gestação em que o álcool foi consumido e vulnerabilidade das diferentes regiões cerebrais da criança”, conclui a médica.
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