Uma nova pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra como a vida mudou para as mulheres, mas permaneceu para os homens.
Enquanto atitudes sobre as mulheres que trabalham têm evoluído consideravelmente, a pressão social sobre os homens ainda é forte. O estudo, que foi publicado em uma edição recente do periódico Jornal Americano de Sociologia, mostra que o desemprego, mais do que a infelicidade no relacionamento, leva ao divórcio - pelo menos para os homens.
"Ainda é inaceitável para os homens ficar em casa e cuidar dos filhos", diz Liana Sayer, principal autora do estudo e professora associada de sociologia da Universidade de Ohio.
Sayer descobriu que uma mulher infeliz em seu casamento tem mais chance de perdir o divórcio quando está empregada. No entanto, para o homem, se a mulher não trabalha isso, não o leva a procurar a separação.
"O papel das mulheres mudou muito, mas temos visto menos tranformações nos papéis de homens", diz Sayer. "Para os homens, ser chefe de família parece muito importante na relação do casal. Se o homem não está trazendo dinheiro para dentro de casa, isso parece ser inaceitável", completa.
Ao mesmo tempo, o status de estar empregado parece ser fator determinante que leva aos homens a deixar o casamento.
"Para os homens, não ter um emprego aumenta o risco de ele sair da relação", diz Sayer. Segundo a pesquisa, isso ocorre também com as mulheres. O risco delas deixarem o relacionamento também aumenta se o parceiro não tiver empregado.
A pesquisa se baseou em dados coletados de mais de 3.600 casais que participaram da Pesquisa Nacional de Famílias e Domicílios, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde do governo americano.
O Dia
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