Nakaya explicou que "são justamente essas pessoas que precisam saber se estão protegidas ou não contra a gripe".
No trabalho foi usada uma tecnologia chamada de "microarranjos de DNA", que mede a atividade de todos os genes em paralelo para analisar os mecanismos moleculares da vacinação.
O estudo foi dividido em duas partes. Uma estudou todos os genes que podem estar relacionados à resposta imune, enquanto a outra selecionou um pequeno grupo de genes capazes de prever a eficácia de uma vacina.
"Nós analisamos o sangue de dezenas de pessoas e descobrimos a atividade capaz de prever se a vacina da gripe funcionou ou não. A taxa de sucesso dessa predição é de 90% em alguns casos."
Um estudo semelhante sobre a febre amarela foi publicado em 2008.
No entanto, prever a eficácia da imunização de gripe é bem mais complicado, pois todos os adultos já foram expostos ao vírus, seja por infecção ou vacinação.
Os cientistas analisaram três temporadas de gripe nos EUA para ter confiabilidade estatística suficiente, já que as vacinas usam formas diferentes do vírus a cada ano.
"A eficiência não é muito elevada, e a cada temporada as cepas mudam, porque dependem da epidemia [daquele ano]", disse o biólogo.
A tecnologia ainda não existe comercialmente. Contudo, de acordo com Nakaya, o governo dos EUA já destinou US$ 20 milhões para sete laboratórios desenvolverem a pesquisa publicada.
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