Regulador de apetite teria sido importante para a sobrevivência de antigos habitantes do continente.
O consumo de cerveja teria sido importante para
a sobrevivencia dos antigos europeus (Foto: BBC)
Descendentes de europeus podem ser programados geneticamente para consumir mais comidas gordurosas e álcool do que pessoas originárias de outras partes do mundo, segundo estudo feito na universidade escocesa de Aberdeen. Cientistas afirmam que um tipo de interruptor, ou DNA que ativa e desativa o gene galanina dentro das células, regula a sede e o apetite.a sobrevivencia dos antigos europeus (Foto: BBC)
"O interruptor controla áreas do cérebro que nos permite selecionar comidas que gostaríamos de comer e, se ele está ligado com intensidade, temos chances maiores de querer comer comidas mais gordurosas e álcool", disse à BBC Alasdair MacKenzie, responsável pela pesquisa.
"O fato de que o interruptor mais fraco é encontrado com frequência maior nos asiáticos, em comparação com os europeus, sugere que eles teriam inclinação menor de selecionar estas opções".
Sobrevivência
O cientista afirma que "é possível que durante o inverno os indivíduos com o interruptor mais fraco não sobrevivessem tão bem na Europa como os que tinham o dispositivo mais forte e, como resultado, as pessoas no Ocidente teriam evoluído favorecendo uma dieta mais rica em gordura e álcool".
"Os resultados nos oferecem uma visão da vida dos antigos europeus, quando os laticínios e a cerveja eram fontes de calorias importantes durante os meses de inverno. Desta forma, a preferência por comidas com mais gordura e álcool seria importante para a sobrevivência".
"Os efeitos negativos da gordura e do álcool que vemos hoje não teriam importado tanto na época, quando a expectativa de vida variava entre 30 e 40 anos". O estudo também relacionou o gene com a depressão.
"A galanina também é produzida em uma área do cérebro chamada amígdala cerebelosa que controla o medo e a ansiedade. Portanto, níveis variáveis de galanina na amígdala afetam o estado emocional do indivíduo". "Curiosamente, o interruptor também estava ativo na amígdala", diz ele.
O estudo está sendo divulgado na publicação científica "Journal of Neuropsychopharmocology"
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