Brasília - Diminuir o preço de frutas e hortaliças e aumentar as taxas para as bebidas alcoólicas e produtos derivados do tabaco são algumas das ações que o governo pretende adotar para conter as mortes provocadas pelas doenças crônicas não transmissíveis na próxima década. Atualmente, essas doenças matam mais de 742 mil brasileiros por ano, cerca de 72% do total de mortes no país.
As ações fazem parte do Plano para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, apresentado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, que tem o intuito de reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura, de pessoas com até 70 anos de idade, em decorrência de doenças como câncer, diabetes, infarto, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias. A taxa atual é de 255 vítimas para cada grupo de 100 mil habitantes. A ideia é atingir a relação de 196 casos por 100 mil habitantes até 2022.
O estilo de vida regado ao consumo abusivo de álcool, alimentos gordurosos, fumo, sedentarismo e obesidade aumenta o risco de uma pessoa ter uma doença crônica não transmissível. Para estimular a ingestão de frutas, verduras e legumes, o governo propõe reduzir impostos e taxas para produção e venda dos alimentos saudáveis, uma forma de facilitar o acesso, principalmente da população pobre – a mais afetada pelas doenças –, a esses produtos, já que o preço é um dos empecilhos.
“Defendemos incentivos fiscais e tributários para os alimentos saudáveis”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sem detalhar como será a adoção das medidas fiscais.
Outra medida é limitar a presença de sal, gordura e açúcar nos alimentos processados. Um acordo já firmado com a indústria alimentícia, em abril, prevê a redução gradativa do sódio (sal) nas massas, macarrão instantâneo e pães. Neste semestre, o ministério vai discutir com o setor a diminuição da gordura total. “É reduzir o sal que se vê no saleiro e o oculto nos alimentos”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
No caso do tabaco e do álcool, a proposta é aumentar os impostos incidentes nos produtos do setor para desestimular o hábito de fumar e a ingestão de bebidas alcoólicas. Nas últimas três décadas, a política antitabagista tem surtido efeito no país. No final dos anos 80, 34,8% dos adultos eram fumantes. Atualmente, o percentual é de 15%. Em 2022, a meta é cair para 9% da população adulta.
Já o consumo de álcool tem crescido. Um estudo feito pelo ministério, em 2010, revelou que 18% dos adultos bebem cinco ou mais doses em uma única ocasião, o que é considerado consumo abusivo. O percentual subiu 0,6 ponto percentual ao ano – desde 2006.
No início do mês, uma medida provisória determinou o aumento da carga tributária nos cigarros, passando de 60% para 81%. De acordo com Alexandre Padilha, já existem projetos no Congresso Nacional que preveem aumentar a carga tributária também para as bebidas alcoólicas, que tem o apoio do ministério.
Outras propostas são acabar com os fumódromos e intensificar a fiscalização na venda de álcool para menores de 18 anos de idade, que é proibida.
Para incentivar a prática de atividades físicas, o ministro aposta no Programa Academia da Saúde, com a instalação de 4 mil equipamentos esportivos em espaços públicos até 2014. O objetivo é que 22% da população façam exercício físico na hora do lazer, até 2022. “Fazer atividade física, às vezes, não é uma escolha para o indivíduo. É falta de opção”, disse Padilha.
O plano nacional será apresentado na assembleia-geral das Nações Unidas, em setembro, cujo tema será o combate a doenças crônicas. A presidenta Dilma Rousseff deve participar do evento.
Das mais de 740 mil mortes por doenças crônicas não transmissíveis, 31% são cardiovasculares e 16% por causa de cânceres. Essas doenças têm impacto de, pelo menos, 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o ministério. Estudos estimam redução de 2% do PIB ao ano nos países da América Latina por causa dessas doenças.
Saiba mais sobre o Plano
- Atendimento médico em casa para pacientes com dificuldade de locomoção que não precisam ser hospitalizados;
- Criação de leitos de retaguarda nas enfermarias dos hospitais para atendimento de pacientes que ainda necessitam de cuidados depois de passarem por intervenções de urgência nas próprias enfermarias. O Ministério da Saúde deverá repassar o dobro de recursos para garantir os leitos nos hospitais;
- Implantação de unidades específicas nos hospitais para o atendimento de doentes cardíacos e de vítimas de acidente vascular cerebral;
- Cobertura de exame de colo de útero para mais de 80% das mulheres de 25 a 64 anos de idade. Oferta universal (100%) do tratamento para quem tiver o diagnóstico de câncer de mama ou útero, os que mais matam as brasileiras.
Com informações da Agência Brasil
As ações fazem parte do Plano para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, apresentado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, que tem o intuito de reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura, de pessoas com até 70 anos de idade, em decorrência de doenças como câncer, diabetes, infarto, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias. A taxa atual é de 255 vítimas para cada grupo de 100 mil habitantes. A ideia é atingir a relação de 196 casos por 100 mil habitantes até 2022.
O estilo de vida regado ao consumo abusivo de álcool, alimentos gordurosos, fumo, sedentarismo e obesidade aumenta o risco de uma pessoa ter uma doença crônica não transmissível. Para estimular a ingestão de frutas, verduras e legumes, o governo propõe reduzir impostos e taxas para produção e venda dos alimentos saudáveis, uma forma de facilitar o acesso, principalmente da população pobre – a mais afetada pelas doenças –, a esses produtos, já que o preço é um dos empecilhos.
“Defendemos incentivos fiscais e tributários para os alimentos saudáveis”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sem detalhar como será a adoção das medidas fiscais.
Outra medida é limitar a presença de sal, gordura e açúcar nos alimentos processados. Um acordo já firmado com a indústria alimentícia, em abril, prevê a redução gradativa do sódio (sal) nas massas, macarrão instantâneo e pães. Neste semestre, o ministério vai discutir com o setor a diminuição da gordura total. “É reduzir o sal que se vê no saleiro e o oculto nos alimentos”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
No caso do tabaco e do álcool, a proposta é aumentar os impostos incidentes nos produtos do setor para desestimular o hábito de fumar e a ingestão de bebidas alcoólicas. Nas últimas três décadas, a política antitabagista tem surtido efeito no país. No final dos anos 80, 34,8% dos adultos eram fumantes. Atualmente, o percentual é de 15%. Em 2022, a meta é cair para 9% da população adulta.
Já o consumo de álcool tem crescido. Um estudo feito pelo ministério, em 2010, revelou que 18% dos adultos bebem cinco ou mais doses em uma única ocasião, o que é considerado consumo abusivo. O percentual subiu 0,6 ponto percentual ao ano – desde 2006.
No início do mês, uma medida provisória determinou o aumento da carga tributária nos cigarros, passando de 60% para 81%. De acordo com Alexandre Padilha, já existem projetos no Congresso Nacional que preveem aumentar a carga tributária também para as bebidas alcoólicas, que tem o apoio do ministério.
Outras propostas são acabar com os fumódromos e intensificar a fiscalização na venda de álcool para menores de 18 anos de idade, que é proibida.
Para incentivar a prática de atividades físicas, o ministro aposta no Programa Academia da Saúde, com a instalação de 4 mil equipamentos esportivos em espaços públicos até 2014. O objetivo é que 22% da população façam exercício físico na hora do lazer, até 2022. “Fazer atividade física, às vezes, não é uma escolha para o indivíduo. É falta de opção”, disse Padilha.
O plano nacional será apresentado na assembleia-geral das Nações Unidas, em setembro, cujo tema será o combate a doenças crônicas. A presidenta Dilma Rousseff deve participar do evento.
Das mais de 740 mil mortes por doenças crônicas não transmissíveis, 31% são cardiovasculares e 16% por causa de cânceres. Essas doenças têm impacto de, pelo menos, 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o ministério. Estudos estimam redução de 2% do PIB ao ano nos países da América Latina por causa dessas doenças.
Saiba mais sobre o Plano
- Atendimento médico em casa para pacientes com dificuldade de locomoção que não precisam ser hospitalizados;
- Criação de leitos de retaguarda nas enfermarias dos hospitais para atendimento de pacientes que ainda necessitam de cuidados depois de passarem por intervenções de urgência nas próprias enfermarias. O Ministério da Saúde deverá repassar o dobro de recursos para garantir os leitos nos hospitais;
- Implantação de unidades específicas nos hospitais para o atendimento de doentes cardíacos e de vítimas de acidente vascular cerebral;
- Cobertura de exame de colo de útero para mais de 80% das mulheres de 25 a 64 anos de idade. Oferta universal (100%) do tratamento para quem tiver o diagnóstico de câncer de mama ou útero, os que mais matam as brasileiras.
Com informações da Agência Brasil
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