8.30.2011

Sutiãs e próteses ajudam a dar mais sustentação para os seios femininos

Saiba como escolher o melhor sutiã e quando pôr prótese de silicone..

A ação da gravidade não perdoa os seios femininos, mas é possível minimizar a ação do tempo e deixá-los mais bonitos e saudáveis. O uso correto do sutiã pode garantir mais sustentação e firmeza às mamas. Uma opção mais cara e definitiva é a colocação de próteses de silicone.
No Bem Estar desta terça-feira (30), o ginecologista José Bento e o cirurgião plástico Élvio Garcia esclareceram as dúvidas do público feminino e também do masculino, já que os seios são a segunda paixão nacional na anatomia da mulher – atrás apenas do bumbum. Garcia falou sobre colocação de próteses, que desde 2008 já ultrapassou o número de lipoaspirações no Brasil.
Os médicos explicaram, ainda, as mudanças pelas quais as mamas passam ao longo da vida: da menstruação à amamentação. O professor de design em moda José Luis de Andrade também participou do programa.
Mamas (Foto: Arte/G1)
A partir dos 40 anos, há uma modificação no tecido mamário, que vai sendo substituído por gordura. É uma espécie de proteção do corpo, pois o câncer aparece apenas nesse tecido. O médico investiga se essa substituição está ocorrendo em um ritmo correto, já que as mamas com tecido bem substituído apresentam baixo risco de doença.
A mamografia é o exame de imagem mais utilizado para o diagnóstico do câncer de mama. Possibilita a detecção de lesões pequenas que ainda não se disseminaram, reduzindo em até um terço a mortalidade dessas mulheres.
A falta de colágeno, uma proteína, é que faz a mama cair. Por isso, um baixo consumo pode aumentar a perda de sustentação. Além disso, quando a mulher emagrece muito rápido, o espaço antes ocupado pela gordura fica vazio e os seios perdem firmeza. Ao engordar, o efeito é o mesmo, porque as mamas ficam mais pesadas.
Assim que os seios se formam, as adolescentes já devem usar sutiã. Quanto mais cedo, mais se preservam as fibras de sustentação.
Sutiã (Foto: Arte/G1)
Tipos de sutiã
- Bojo e enchimento: disfarçam peitos pequenos e dão boa sustentação. Porém, o excesso de espuma para dar volume faz os seios transpirarem muito e pode diminuir o tônus deles
- Tomara-que-caia: indicado para usar com vestidos ou blusas decotadas. Não deve fazer parte do dia a dia, principalmente para quem tem mamas fartas. Como não tem alças, a peça segue a lei da gravidade e empurra o tecido da pele para baixo
- Top: ideal para quem faz atividades físicas de impacto, como corrida, bicicleta e caminhadas aceleradas. O melhor tecido é o de algodão. Quem tem problemas posturais deve usar lingeries e blusas mais ajustadas ao corpo
- Alças: finas e justas podem a marcar os ombros e até causar problemas nas costas. As melhores são mais largas e bem firmes ao corpo
- Costuras, ferrinhos e rendas: deixam o sutiã lindo, mas podem provocar alergia, marcar o corpo e até comprometer a circulação linfática, levando a um inchaço
História
Entre 1900 e 1910, o estilista francês Paul Poiret criou os vestidos com cintura alta e decretou a morte dos penosos espartilhos. Mas foi a americana Mary Tucek que percebeu que faltava algo para sustentar os seios femininos. Em 1907, criou uma peça com bojos separados, alças nos ombros, e presa na parte de trás por colchetes. Mas a primeira patente é de 1914.
Prótese de silicone
A cirurgia demora, em média, uma hora e meia, e a anestesia pode ser geral, local ou peridural, dependendo do caso.
A paciente poderá ter alta hospitalar no mesmo dia. No geral, é possível retornar ao trabalho e estudos em uma semana. Se possível, o repouso por 15 dias é mais indicado. Fazer ginástica (sem membros superiores) só a partir de um mês, com o consentimento do médico. No pós-operatório, é indicado um sutiã de maior contenção das mamas.
Depois de 10 anos, aumentam as chances de problemas e pode ser preciso trocar a prótese. O médico deve fazer acompanhamento constante. Em geral, as mulheres que colocam silicone acompanham muito mais a saúde da mamas do que as que não colocam.
Em torno da prótese, forma-se uma película (cápsula) biológica que, em algumas pacientes, torna-se espessa e, ao se retrair, leva ao endurecimento dos seios. Caso isso ocorra, avalia-se o caso e, se necessário, retira-se a prótese pela cicatriz anterior. Em seguida, discute-se sobre nova reintrodução ou uma conduta mais indicada. A retração capsular deve-se à rejeição que o próprio organismo pode ter com o implante de silicone.
Em caso de câncer de mama, a reconstrução hoje faz parte da sistematização do tratamento. É uma cirurgia reparadora que busca amenizar mutilações, devido à mastectomia parcial ou total pela presença de nódulos ou tumores.

G1.com

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