6.06.2012

Receita intensifica fiscalização sobre produtos importados em São Paulo

A bagagem agora passa por uma vistoria, ainda na pista do aeroporto, enquanto o passageiro desembarca.

ROBERTO PAIVA São Paulo

A Receita Federal intensificou a fiscalização nos aeroportos de olho em quem exagera nas compras feitas no exterior. Em São Paulo, a bagagem agora passa por uma vistoria, ainda na pista, enquanto o passageiro desembarca.
Pelo tamanho da bagagem dá para ver que o desembarque é de um voo internacional. “Perfume, coisa para as crianças. Só gastei à toa”, conta uma mulher.
“Achei que muito mais em conta do que aqui no Brasil. Em relação a roupa, a eletrônico nem se compara”, afirma o atleta Aurivan Amaro.
Segundo a Receita Federal, o brasileiro só leva em conta o limite de US$ 500 em compras por pessoa e se esquece que também existe uma regra para a quantidade de mercadorias. O passageiro pode trazer 20 itens de até US$ 10 e 20 itens acima de US$ 10. A Receita diz que a fiscalização está mais rigorosa para evitar que as pessoas comprem lá fora para revender aqui.
São Paulo, que concentra a maioria dos voos internacionais, tem até um recurso a mais para coibir a entrada irregular de mercadorias no país. Muitos passageiros são fiscalizados sem saber. Enquanto desembarcam, a bagagem deles passa por um scanner móvel da Receita Federal instalado em um veículo. Um funcionário da Receita monitora cada uma das malas.
Com o raio-x é possível ver a quantidade, o formato dos objetos e saber se são de metal, vidro, plástico ou material orgânico. O Aeroporto Internacional de São Paulo tem dois desses equipamentos, que são usados para vistoriar parte ou toda a bagagem do voo. Com essa ajuda, este ano aumentou em 100% o número de pessoas autuadas. Bagagem suspeita é separada e depois aberta na presença do passageiro.
“Quando o passageiro recebe a sua mala, ela já foi fiscalizada e o passageiro, então, vai mais rápido passar pela alfândega”, explica André Luiz Martins, auditor da Receita Federal.
Segundo a Receita, houve uma mudança no perfil das apreensões, que passaram de aparelhos eletrônicos para roupas compradas em grande quantidade principalmente nos Estados Unidos. Só em Guarulhos, são apreendidas por mês três toneladas de roupas, além de lotes de relógios, remédios e suplementos alimentares. Apenas alguns objetos de uso pessoal são isentos.
“Dentro desses bens que estão isentos, estão incluídos o relógio de pulso que foi usado na viagem, a máquina fotográfica que você utilizou na viagem e o celular que está habilitado e utilizou no exterior”, conclui o auditor da Receita.

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