9.12.2012

Filhos de homens mais velhos correm mais risco de contrair doenças genéticas

Estudo islandês conclui que a idade do pai exerce mais influência do que a idade da mãe no risco de doenças de origem genética, como o autismo e a esquizofrenia

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA EFE
Pais mais velhos (Foto: SXC)
A idade do pai no momento da concepção do filho influencia mais do que a idade da mãe, no que diz respeito ao risco de doenças de origem genética, como o autismo e a esquizofrenia. A conclusão é de um estudo realizado pelo centro de pesquisas deCODE Genetics, da Islândia, e publicado nesta quarta-feira (22) no periódico Nature.
Estudos anteriores haviam destacado a importância da idade das mães no momento da gravidez. A nova pesquisa, porém, afirma que a idade dos pais tem maior influência. Para isso, os cientistas analisaram o genoma completo de 78 famílias islandesas, na busca de mutações genéticas que estão presentes nos filhos, mas não em seus pais.
Segundo os cientistas, a aparição de desordens relacionadas com as funções cerebrais, como o autismo, a esquizofrenia, a dislexia e o atraso intelectual, está estreitamente relacionada com essas mutações. Por este motivo, os pesquisadores se concetraram nelas.
A equipe chegou a contabilizar uma média de 60 dessas mutações ligadas à idade do pai, enquanto só encontraram 15 relacionadas com a idade da mãe. Os cientistas descobriram também que o número de erros genéticos era maior entre os filhos de pais de idade avançada e que, por cada ano que um homem atrasa sua paternidade, seu filho conta com duas novas dessas mutações não presentes nos pais.
De acordo com a pesquisa, os filhos cujos pais têm 20 anos, por exemplo, contam com uma média de 25 novas mutações, enquanto os filhos cujos pais completaram 40 anos somam até 65 alterações genéticas.
EK

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