9.12.2012

Embaixador dos EUA na Líbia morre em ataque a consulado em Benghazi

Outros 3 americanos morreram em protesto contra filme, diz governo líbio.
Embaixada no Cairo também foi alvo de protestos pelo mesmo motivo.

Do G1, com agências internacionais
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O embaixador dos Estados Unidos na Líbia,J. Christopher Stevens, e três funcionários também americanos morreram no ataque ao consulado do país em Benghazi, na Líbia, na noite de terça-feira, disseram nesta quarta-feira (12) autoridades locais.
"O embaixador e três funcionários morreram no ataque", afirmou o vice-ministro líbio do Interior, Wanis al-Sharef. A morte de Stevens foi confirmada por um tweet do vice-premiê líbio Mustafah Abu Shagur, e também por testemunhas americanas no local.
O diplomata americano J. Christopher Stevens em 7 de junho (Foto: AFP)O diplomata americano J. Christopher Stevens
em 7 de junho (Foto: AFP)
Na noite de terça-feira, manifestantes armados atacaram o consulado e lançaram foguetes contra o edifício, informaram fontes líbias, que em um primeiro momento informaram a morte de um americano e outro ferido.

Os manifestantes protestavam contra um filme considerado ofensivo para o islã.
Os demais funcionários foram retirados do local.
Segundo o porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonoem al-Horr, as forças de segurança tentaram controlar a situação quando foguetes RPG foram disparados contra o consulado a partir de uma propriedade próxima.
"Dezenas de manifestantes atacaram o consulado e incendiaram o prédio", disse Omar, um morador de Benghazi, que escutou tiros em torno do edifício.
Chamas tomam conta do consulado americano em Benghazi (Foto: Esam Al-Fetori/Reuters)Chamas tomam conta do consulado americano em Benghazi (Foto: Esam Al-Fetori/Reuters)
Outra testemunha confirmou os disparos em torno do consulado e revelou que homens armados, incluindo militantes salafistas, bloquearam as ruas que dão acesso ao prédio.
O ataque foi confirmado pela embaixada americana em Trípoli.
A Líbia enfrenta instabilidade política desde a revolta popular que, no ano passado, com apoio ocidental, derrubou e matou o ditador Muammar Kadhafi.
CairoHoras antes, no Cairo, milhares de manifestantes, a maioria salafistas, protestaram diante da embaixada dos Estados Unidos para denunciar um filme "anti-islâmico" realizado por cristãos coptas residentes nos Estados Unidos.
Os manifestantes arrancaram a bandeira dos Estados Unidos e em seu lugar colocaram uma imensa bandeira negra com a frase: "não há mais Deus que Deus e Maomé é o seu profeta".

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