Rio -  Diagnósticos de câncer cresceram quase 1.000% em três décadas. No Hospital A.C. Camargo, por exemplo, os atendimentos saltaram de 34 casos em 1992 para 350 em 2012. Segundo o médico Carlos Fuser, diretor do Hospital Clínica São Carlos, isso não quer dizer pura e simplesmente que mais pessoas estão tendo câncer: vários fatores influenciaram o crescimento do número de casos.
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Em primeiro lugar, explica, o percentual da população acima dos 50 anos cresceu e, com a idade, aumenta o risco da doença. Além disso, estão sendo feitos mais exames e com mais qualidade, o que aumenta a possibilidade de diagnóstico.
Fuser calcula que, no hospital que coordena, o número de casos tratados cresceu 60% nos últimos 10 anos. E alerta que parentes de pessoas que têm o tumor devem ser examinadas porque têm mais chances de ter a doença.
Segundo o médico, é importante que, ao perceber um nódulo na região da tireoide ou rouquidão contínua, o paciente busque ajuda médica. Outro sinal da doença é o aumento dos gânglios linfáticos do pescoço. Fuser esclarece que a maioria dos casos de tumor na tireoide (80%) não é agressiva e, dos malignos, 80% são curáveis. “O diagnóstico precoce melhora o prognóstico de cura”, diz o especialista.
Para colaborar na prevenção, ele afirma que é fundamental que a pessoa que tem casos na família faça testes específicos desde que comece a fazer exames de sangue, se possível até na infância. “Quem não tem deve realizar os testes em todos os check ups”, aconselha o oncologista.