6.22.2011

Medicamento para colesterol aumenta risco de diabetes

Benefícios da estatina para coração, porém, são mais relevantes do que riscos

Remédios: a estatina, droga usada para combater o colesterol, está relacionada com o aumento do número de casos de diabetes Remédios: a estatina, droga usada para combater o colesterol, está relacionada com o aumento do número de casos de diabetes (Thinkstock)
Pacientes que ingerem altas doses de estatina no combate ao colesterol alto têm mais chances de desenvolver diabetes do que aqueles que tomam doses padrão do medicamento. É o que sugere um estudo britânico publicado no Journal of American Medical Association. Ainda assim, os benefícios do remédio para o coração compensam os riscos, segundo a pesquisa.
A estatina é um dos remédios mais vendidos no mundo e age no organismo reduzindo os níveis de LDL, conhecido como “colesterol ruim”. Estudos anteriores já haviam apontado que a droga é eficiente na redução dos riscos de ataques cardíacos e de derrames.
Os pesquisadores das Universidades de Londres e de Glasgow analisaram dados de cinco diferentes estudos. Ao todo, compilaram os resultados de 32.752 pacientes que fizeram tratamento com doses altas e moderadas de estatina durante cinco anos. Nesse período, 2.749 voluntários (8,4%) desenvolveram diabetes e 6.684 (20%) tiveram sérios problemas cardíacos.
Segundo Kausik Ray, um dos responsáveis pela pesquisa, para cada 498 pacientes tratados com a estatina, havia um caso de diabetes. Mas, ainda assim, a dosagem alta do remédio reduzia os riscos de ataques cardíacos, derrames e em 16% a necessidade de uma angioplastia. Isso significa que para cada 155 pessoas tratadas, um desses problemas cardíacos conseguiu ser evitado.
Para Peter Weissberg, da Fundação Britânica do Coração e membro da equipe de pesquisadores, não é preciso que os pacientes parem de tomar a medicação, mesmo quando prescrita em altas dosagens. “A estatina tem um papel vital na proteção do coração de muitas pessoas. Os seus benefícios são muito mais significativos do que qualquer risco associado ao diabetes”
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