6.24.2011

Queda: perigo constante para idosos

No Rio, 30% já caíram nos últimos 12 meses. Consequências podem ser graves

Rio - Nos últimos 12 meses, pelo menos 30% dos cariocas com mais de 65 anos sofreram quedas. Os dados são de um estudo realizado pelo Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano da Uerj, em parceria com a Faperj e o CNPQ, com 847 moradores da Zona Norte da cidade. Hoje, Dia Mundial de Prevenção de Quedas de Idosos, especialistas fazem um alerta: em idosos, uma simples queda pode ter consequências muito graves.

Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, 5% dos idosos sofrem fraturas em queda — 20% no fêmur. As pessoas com mais de 65 anos caem mais do que os jovens porque sofrem com a atrofia dos músculos, principalmente das pernas. Mas outros fatores são cruciais.

“O idoso que cai na rua é diferente do que sofre o acidente em casa. Geralmente, ele é independente, sai sozinho, e, eventualmente, cai por causa de buracos ou má-iluminação”, afirma Roberto Lourenço, chefe de Geriatria do Hospital São Vicente de Paulo e coordenador do estudo. Segundo o especialista, para não cair na rua, o ideal é passar longe de terrenos esburacados ou em obras e evitar andar ao anoitecer .

“Já o idoso que cai em casa geralmente é dependente, vive com mais alguém. Nesse caso, pequenos cuidados poderiam evitar o problema, como tirar o tapete da sala”, orienta.
Medicamentos que causam tonteira aumentam riscos

Segundo Roberto Lourenço, outros aspectos devem ser levados em consideração em relação aos acidentes em casa. Um deles é quanto ao uso de remédios.
“Alguns medicamentos para o coração, por exemplo, podem causar hipotensão postural. Quando o idoso está deitado e se levanta, o sangue demora a irrigar o cérebro e causa pressão baixa. Consequentemente, tonteira e quedas”, diz.
Para evitar o problema, o ideal é levantar-se devagar: após sentar-se na cama, o idoso deve esperar ao menos um minuto antes de ficar em pé.
POR CLARISSA MELLO
O dia

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