Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Mas substituir a porção diária de carne por laticínios "magros" e grãos integrais reduz esse perigo.
As conclusões são do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970.
A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada ontem no "American Journal of Clinical Nutrition".
Segundo o estudo, quem come 100 g de carne vermelha (um bife) tem risco 19% maior de ter diabetes tipo 2, em comparação com quem consome menos do que isso.
Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: 50 g diários (uma salsicha) podem elevar o risco de diabetes em 51%.
Os pesquisadores notaram que aqueles que consumiam mais carne vermelha tinham mais chance de ser fumantes, mais gordos e sedentários.
Mas mesmo que todos os participantes da pesquisa tivessem o mesmo IMC (Índice de Massa Corporal) o consumo de carne ainda aumentaria o risco de diabetes tipo 2.
FERRO
Uma das explicações possíveis é que o chamado ferro-heme, presente nas carnes vermelhas, causa danos às células beta do pâncreas, que produzem a insulina.
Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, lembra que a hematocrose, doença que provoca um acúmulo de ferro no organismo, pode causar diabetes.
Os pesquisadores dizem ainda que os conservantes presentes nas carnes são tóxicos para as células beta.
"O trabalho é importante para reavaliarmos a ingestão de carne vermelha. Já sabíamos que ela aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Agora, há mais um dado para moderarmos esse consumo", diz Golbert.
Já o endocrinologista Antonio Carlos Lerario, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, faz ressalvas ao estudo norte-americano.
Ele afirma que a associação do consumo de carne ao diabetes pode se dever à maior ingestão de gorduras. "Em geral, quem consome carne é um bom comilão, come batata, não gosta muito de peixe e bebe mais."
O endocrinologista diz ainda que não é preciso crucificar a carne. "Não é para pensar: 'A partir de hoje, não vou mais comer carne, porque vou ter diabetes'. Não dá para saber se outras fontes de gordura também não aumentam esse risco."
Folha
As conclusões são do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970.
A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada ontem no "American Journal of Clinical Nutrition".
Segundo o estudo, quem come 100 g de carne vermelha (um bife) tem risco 19% maior de ter diabetes tipo 2, em comparação com quem consome menos do que isso.
Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: 50 g diários (uma salsicha) podem elevar o risco de diabetes em 51%.
Os pesquisadores notaram que aqueles que consumiam mais carne vermelha tinham mais chance de ser fumantes, mais gordos e sedentários.
Mas mesmo que todos os participantes da pesquisa tivessem o mesmo IMC (Índice de Massa Corporal) o consumo de carne ainda aumentaria o risco de diabetes tipo 2.
FERRO
Uma das explicações possíveis é que o chamado ferro-heme, presente nas carnes vermelhas, causa danos às células beta do pâncreas, que produzem a insulina.
Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, lembra que a hematocrose, doença que provoca um acúmulo de ferro no organismo, pode causar diabetes.
Os pesquisadores dizem ainda que os conservantes presentes nas carnes são tóxicos para as células beta.
"O trabalho é importante para reavaliarmos a ingestão de carne vermelha. Já sabíamos que ela aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Agora, há mais um dado para moderarmos esse consumo", diz Golbert.
Já o endocrinologista Antonio Carlos Lerario, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, faz ressalvas ao estudo norte-americano.
Ele afirma que a associação do consumo de carne ao diabetes pode se dever à maior ingestão de gorduras. "Em geral, quem consome carne é um bom comilão, come batata, não gosta muito de peixe e bebe mais."
O endocrinologista diz ainda que não é preciso crucificar a carne. "Não é para pensar: 'A partir de hoje, não vou mais comer carne, porque vou ter diabetes'. Não dá para saber se outras fontes de gordura também não aumentam esse risco."
Folha
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