A dança de salão tem origem nos bailes das cortes reais européisa tomando forma na corte do Rei Luís XIV na França. É possível que o abraço lateral venha do fato de que na época os soldados carregavam a espada no lado esquerdo, como mostra nas fotos "O Bailarino" de Caroso. Também era evidente a postura clássica, ereta e com o torso fixo como no balé que tem a mesma origem.
A forma de dança em casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas aonde deu origem às muitas variedades a medida que se mesclava às formas populares locais: tango na Argentina, o maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos como: a salsa, o bolero, a rumba, etc.
Nos Estados Unidos o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop essas deram origem a vários outros tipos de danças de swing americanos como o jitterbug, o balboa, o West coast swing, o east coast swing. Existe uma versão brasileira semelhante ao swing chamada soltinho.
No Brasil, sete ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: Bolero, Soltinho, Samba, Forró, Lambada, Zouk, Salsa e Tango.
História da Dança de Salão
As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, surgiram no séc. XIV. Eram a base dance (1350-1550) e o pavane (1450-1650), dançadas exclusivamente por nobres e aristocratas. Nos sécs. XIV e XVII a Inglaterra foi berço da contradanse, também só dançada pela Corte.
As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, surgiram no séc. XIV. Eram a base dance (1350-1550) e o pavane (1450-1650), dançadas exclusivamente por nobres e aristocratas. Nos sécs. XIV e XVII a Inglaterra foi berço da contradanse, também só dançada pela Corte.
A popularização das danças sociais deu-se em 1820 através do Minueto, desenvolvendo-se o cotillos e a quadrille. Já no início do séc. XIX ocorreram rápidas transformações no estilo de dançar. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começou a ser introduzida nos sofisticados salões de baile. Logo, a polka e, no início do nosso século, o two-step, one-step, fox-trot e tango, também invadem os salões. A dança social passa então a ser chamada de Ballroom Dancing.
As primeiras documentações sobre Ballroom Dancing foram editadas pela Imperial Society of. Teachers of. Dancing. Profissionais ingleses percorreram vários países para encontrar a síntese de cada ritmo, codificando a forma de dançá-los e a maneira ideal de ensiná-los. Foram os ingleses que criaram as primeiras competições, hoje populares mundialmente, com grandes presenças de duplas americanas, canadenses, alemãs, francesas, escandinavas e japonesas.
No Brasil a dança de salão foi introduzida em 1914, quando a suíça Louise Poças Leitão, fugindo da I Guerra Mundial, aportou em São Paulo. Ensinando valsa, mazurca e outros ritmos tradicionais para a sociedade paulista, Madame Poças Leitão não imaginava que iria criar uma tradição tão forte, seguida por discípulos que continuariam a divulgar a dança de salão, entre elas o Núcleo de Dança Stella Aguiar.
No Rio de Janeiro a dança de salão cresceu nas mãos de Maria Antonietta, que, com várias correntes de professores, fazem o nosso bolero, samba no pé e samba de gafieira famosa no mundo todo.
A dança de Salão no Brasil
No início do século XIX ocorreram muitas transformações nos estilos de dança social. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começa a ser introduzida nos sofisticados salões europeus. E já no início do século XX a polka, o two-step, fox-trot e tango, também começam a ocupar espaço nos salões de baile. Os ingleses criam a Ballroom Dancing e a editam através da Imperial Society of. Teachers of. Dancing; trata-se de uma tentativa de codificar todos os ritmos do planeta e a forma de dançá-los.
Ao contrário do indígena, conforme Ellmerich, os negros conviviam com os senhores e aos poucos foi penetrando nos salões de baile. O lundu, que é uma dança vinda de Angola, como foi citado acima, foi uma dessas danças sincopadas, tipicamente africanas, que penetraram os salões dos brancos. São vários os relatos de historiadores que afirmam a presença negra na dança social.
Conforme Ellmerich, nos depoimentos contidos no livro “Ordem e Progresso” de Gilberto Freyre, têm-se o conhecimento que as danças de salão praticadas no fim do século XIX foram a polca, a valsa, a quadrilha, os lanceiros, o xote, e, para finalizar o baile, o galope. Tudo já era bastante contaminado com a influência européia. As moças iam ao baile de carnê onde eram anotados os compromissos para as danças. A etiqueta impunha na época bastante cerimônia no pedido para esta ou aquela dança: o cavalheiro tinha de reverenciar a dama e solicitar a excelência a honra de dançar com ela a próxima valsa ou polca.
Conforme Ellmerich, nos depoimentos contidos no livro “Ordem e Progresso” de Gilberto Freyre, têm-se o conhecimento que as danças de salão praticadas no fim do século XIX foram a polca, a valsa, a quadrilha, os lanceiros, o xote, e, para finalizar o baile, o galope. Tudo já era bastante contaminado com a influência européia. As moças iam ao baile de carnê onde eram anotados os compromissos para as danças. A etiqueta impunha na época bastante cerimônia no pedido para esta ou aquela dança: o cavalheiro tinha de reverenciar a dama e solicitar a excelência a honra de dançar com ela a próxima valsa ou polca.
Ainda em Ellmerich, ele afirma que Wanderley Pinho em seu livro “Salões e damas do Segundo Reinado” o seguinte:
“ As damas se aperfeiçoavam com mestres entendidos. Luís Lacombe não tinha mãos a medir e multiplicavam-se salões e saraus onde suas discípulas exibiam passos e passos de bem aprendidas graças coreográficas. Os cabeleireiros e os mestres de dança gozavam de grande prestígio e maiores proveitos. Enquanto o danseur se buscava em uma carruagem luxuosamente atrelada e se remunerava bem, o professor de línguas tinha que marchar a pé daqui para ali para lições pagas com usura.” (Ellmerich, p. 121).
“ As damas se aperfeiçoavam com mestres entendidos. Luís Lacombe não tinha mãos a medir e multiplicavam-se salões e saraus onde suas discípulas exibiam passos e passos de bem aprendidas graças coreográficas. Os cabeleireiros e os mestres de dança gozavam de grande prestígio e maiores proveitos. Enquanto o danseur se buscava em uma carruagem luxuosamente atrelada e se remunerava bem, o professor de línguas tinha que marchar a pé daqui para ali para lições pagas com usura.” (Ellmerich, p. 121).
Em 1811, o casal Luís Lacombe chegou ao Rio de Janeiro e anuncia aulas particulares de danças “próprias de sociedade”. O casal ficou e logo mais vieram mais três irmãos para auxiliá-los. Conforme o historiador, os quatro irmãos Lacombe eram todos dançarinos filhos de Louis Lacombe (Lisboa) com Maria Jodes (espanhola).
Mas não vieram somente eles, conforme relatos históricos tiveram inúmeros professores de dança social anunciando no Jornal do Commercio; em 12-10-1840, lê-se no jornal o seguinte anúncio: “ Lições de Danças. Tendo chegado a esta corte Philipe Caton e sua mulher, têm a honra de participar ao respeitável público que pretendem dar lições de dança tanto em sua casa como em casas particulares; também darão lições em um ou dois colégios; advertem que ensinam todas as danças de costume e os mais bonitos boleros de sala, minuetos de diferentes modos como se usa em Montevidéu e Buenos Aires...” (ibidem, p. 122). Conforme nos traz Luis Câmara Cascudo, o casal Caton, na noite de 03-07-1845, dançou no Teatro São Pedro a polca pela primeira vez no Brasil. O sucesso foi tamanho que três dias depois tiveram que abrir curso de polca.
São inúmeros os relatos que afirmam sobre a dança de salão brasileira e como a alta sociedade incorporava os estilos que vinham da Europa sobre os auspícios dos mestres de dança que aqui aportavam para ficar morando indefinidamente. D. Pedro II, conforme consta, gostava de dançar a polca, a valsa e outras danças da época. A princesa Isabel juntamente com seu marido, o Conde d´Eu, faziam inúmeras festas e bailes no seu palácio (hoje com o nome de Guanabara).
O maxixe era considerado não só uma dança de negro como também de canalhas conforme nos traz Ellmerich; portanto não se dançava o maxixe em casas de família.
Ritmos
Bolero: Um dos avós do Mambo, Chá Chá Chá e Salsa, nasceu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança). Mais tarde um bailarino espanhol, Sebastian Cerezo, fez uma variação baseadas nas Seguidillas, bailados de ciganas, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas (as boleras). Cantores mais famosos: Agustin Lara, Bienvenido Granda, Lucho Gatica, Gregório Barros, Pedro Vargas, Consuelo Velásquez, Armando Mazanera, Trio Irakitã e recentemente Luis Miguel.
Chá Chá Chá: Dança derivada do Danzon cubano, que se seguiu ao Mambo. O nome foi tirado do barulho feito pelos dançarinos nas pistas de dança. Popularizou-se no mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de instrumentos de sopro. Cantores mais famosos: Orquestra Aragón e Fajardo y sus Esellas
Forró: Designação popular dos bailes freqüentados e promovidos por migrantes nordestinos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Teve origem nas festas oferecidas pelos ingleses aos empregados que construíam estrada de ferro.
Mambo: Nasceu em Cuba e virou uma salada musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu nome vem da gíria usada pelos músicos negros ("Estás Mambo"-tudo bem com você? -) que tocavam El Son nas charangas (bandas locais cubanas). Perez Prado adicionou metais nas charangas e foi de fato o primeiro a rotular essa nova versão de El Son de Mambo. Invadiu os E.U.A. nos anos 50. Cantores mais famosos: Prez Prado, Xavier Cugat,Tito Puente e Beny Moré.
Merengue: Ritmo veloz e malicioso, nascido na República Domenicana, tem o seu nome derivado do jeito que os domenicanos chamavam os invasores franceses no século XVII(merengue). Cantores mais famosos: Juan Luis Guerra e Walfrido Vargas.
Milonga: Popular das zonas próximas ao estuário do rio da Prata, interpretada com acompanhamento de violão.
Pagode: Variação do samba que apresenta características do choro tem estilo romântico e andamento fácil para dançar. Obteve grande sucesso comercial no início da década de 1990.
Pasodoble: Nasceu a três séculos, na Espanha, junto com as touradas. Tem o mesmo ritmo quente e apaixonante desse espetáculo.
Rumba: O embalo sensual da Rumba nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento. Durante a dança, há sempre um elemento de insinuação e fuga.
Salsa: Ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX com contribuições da música caribenha e de danças folclóricas dessa região, como a Conga e o Mambo. Em seu acompanhamento predominam os instrumentos de percussão.
Samba: Como gênero musical urbano, o Samba nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como Polca, Maxixe, Lundu, Xote etc., e originou o samba carioca urbano e carnavalesco. Surgiu nessa época o Partido Alto, expressão coloquial que designava alta qualidade e conhecimento especial, cultivado apenas por antigos conhecedores das formas antigas do samba.
Tango: é uma música de dança popular que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, no final do século XIX. Evoluiu a partir do candombe africano, do qual herdou o ritmo; da Milonga, que he inspirou a coreografia; e da Habanera, cuja linha melódica assimilou. Chamado pelos argentinos de "música urbana", tem a peculiaridade de apresentar letras na gíria típica de Buenos Aires, o lunfardo.
Por sua forte sensualidade, o tango foi, a princípio, considerado impróprio a ambientes familiares. O ritmo herdou algumas características de outras danças de casais, como as corridas e quebradas da habanera, mas aproximou mais o par e acrescentou grande variedade de passos. Os dançarinos mais exímios compraziam-se em combiná-los e inventar outros, numa demonstração de criatividade. Fora dos ambientes populares e dos prostíbulos, onde imperava nos subúrbios, o tango perdeu um pouco da lendária habilidade dos bailarinos. Admitido nos salões, abdicou das coreografias mais extravagantes e evitou posturas sugestivas de uma intimidade considerada indecente, numa adaptação ao novo ambiente.
Valsa: Dança de salão derivada do Ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780
Xote: Tipo de dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste do Brasil, executada ao som de sanfonas nos bailes populares.Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, com o nome original de schottische. Também chamada Xótis.
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