No Dia Nacional de Combate ao Fumo, saiba como o cigarro prejudica a beleza
O ato de fumar já foi considerado glamouroso e foi difundido por diversos artistas de cinema. Todavia, como lembrou Artur Cerri, dentista especializado em estomatologia e diretor da escola de aperfeiçoamento da Associação Paulista do Cirurgião Dentista (APCD) de São Paulo (SP), atualmente olhamos com desdém para quem fuma.
E não é para menos. Além de exalar o cheiro de nicotina e alcatrão, é sabido que o tabagismo prejudica - e muito - a saúde como um todo. A beleza, não fica atrás. Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta segunda-feira (29), o Terra conversou com especialistas para saber como o vício pode afetar diversos aspectos do visual.
Questão de pele
O fumo afeta diretamente a circulação sanguínea, causando uma vasoconstrição que leva à piora da olheira e a demora na cicatrização. Além disso, "a pele fica mais pálida e também fica mais seca", lembrou Danielle Murga, dermatologista do Rio de Janeiro (RJ), que contou que os componentes químicos do cigarro alteram o colágeno e a elastina, levando ao surgimento de rugas ao redor dos olhos e da boca, além de acelerar o envelhecimento como um todo.
"O fumo diminui a quantidade de antioxidantes circulando pelo corpo, liberando íons que acabam lesando o organismo", contou Danielle. Assim, o cigarro causa uma oxidação mais rápida, como se o nosso corpo "enferrujasse". Com a alimentação é possível minimizar esses efeitos, assim como o uso de nutricosméticos e cremes de uso tópico que estimulem a síntese de colágeno e elastina. "Alimentos ricos em vitaminas A e C, selênio, cromo, zinco, entre outros, são aliados na luta contra os oxidantes", destacou a dermatologista.
O cirurgião plástico Eduardo Lange, da Clínica Lange da capital paulista, contou que levam entre cinco e dez anos para os efeitos do fumo começarem a ser perceptíveis na pele e, mesmo que a pessoa pare de fumar, alguns estragos são definitivos: "a flacidez da pele e as marcas de expressão ao redor da boca não regridem. O que pode melhorar é a cor da pele, ficando mais viva, menos pálida, mais luminosa, mas jamais voltará a ser o que era antes", contou.
Por causa do alcatrão e da nicotina, as unhas ficam amareladas e os cabelos tendem a cair. "Como as células envelhecem, a imunidade acaba sendo afetada e há uma piora em problemas como acne, psoríase, lúpus etc, além de o fumante ter mais chances de desenvolver alguns tipos de câncer, pois durante a tragada, ele ingere mais de 100 substâncias cancerígenas como um todo", contou Danielle.
Quem quer se submeter a uma cirurgia plástica tem de estar ciente dos riscos, informou Lange, já que são maiores as chances de sangramento e complicações na cicatrização - tanto que há médicos que não operam quem fuma. "Não adianta parar de fumar um tempo antes da cirurgia porque os riscos de má cicatrização continuam", disse Lange, citando que os fumantes passivos altamente expostos ao cigarro também padecem pela inalação da fumaça tóxica do produto.
Se o problema não são as rugas, fica um outro alerta às mulheres: cigarro é amigo íntimo da celulite, ajudando os furinhos a se fixarem na pele. "Como há uma dificuldade de circulação e oxigenação das células, há uma piora significativa na celulite e na flacidez", explicou a dermatologista.
Sorriso amarelo
Artur Cerri lembrou que não há uma quantidade segura de fumo. Assim, não adianta dizer que fuma apenas socialmente ou que traga apenas dois cigarros por dia, pois o prejuízo é praticamente o mesmo e o hábito prejudica a saúde como um todo e, na boca, não é diferente.
"As substâncias químicas do cigarro ressecam a boca, inibindo a proteção que a saliva exerce. Temos mais de 300 bactérias diferentes na cavidade bucal, protegendo os nossos dentes. Com o ressecamento, diminuem os anticorpos e aumentam as cáries. Além disso, há problemas de gengiva pela dificuldade de circulação e o escurecimento dos dentes por impregnação de nicotina e alcatrão, retirando a proteção natural e levando à perda prematura dos dentes."
Por causa do ressecamento, muitos fumantes acabam bebendo mais, mas, por vezes, optam pelo álcool para "matar a sede", prejudicando ainda mais a saúde e a beleza bucal. "É importante destacar que a mucosa bucal é bastante sensível e o aumento da temperatura causada pelo cigarro acaba levando a mucosa a se adaptar, produzindo queratina semelhantes à da pele para aguentar o calor. É como se surgissem células uterinas no nariz, algo contra a sua biologia", contou o dentista. Outro problema é o mau hálito pela falta de nutrientes nas gengivas, em decorrência da má circulação. "E a pessoa não sente o próprio cheiro", destacou o dentista, que lembrou que o fumante tem mais chances de desenvolver câncer de boca, que leva à amputações e também à morte. "Surgem manchas vermelhas ou brancas, indolores, em locais pouco examinados, como o assoalho bucal e a lateral da língua. Quando a pessoa descobre, pode ser muito tarde. Antes era um problema que afetava gente mais velha e hoje afeta os jovens. Cabe ao dentista conversar e orientar seu paciente sobre estes riscos e examiná-lo detalhadamente para um diagnóstico precoce", contou.
E não é para menos. Além de exalar o cheiro de nicotina e alcatrão, é sabido que o tabagismo prejudica - e muito - a saúde como um todo. A beleza, não fica atrás. Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta segunda-feira (29), o Terra conversou com especialistas para saber como o vício pode afetar diversos aspectos do visual.
Questão de pele
O fumo afeta diretamente a circulação sanguínea, causando uma vasoconstrição que leva à piora da olheira e a demora na cicatrização. Além disso, "a pele fica mais pálida e também fica mais seca", lembrou Danielle Murga, dermatologista do Rio de Janeiro (RJ), que contou que os componentes químicos do cigarro alteram o colágeno e a elastina, levando ao surgimento de rugas ao redor dos olhos e da boca, além de acelerar o envelhecimento como um todo.
"O fumo diminui a quantidade de antioxidantes circulando pelo corpo, liberando íons que acabam lesando o organismo", contou Danielle. Assim, o cigarro causa uma oxidação mais rápida, como se o nosso corpo "enferrujasse". Com a alimentação é possível minimizar esses efeitos, assim como o uso de nutricosméticos e cremes de uso tópico que estimulem a síntese de colágeno e elastina. "Alimentos ricos em vitaminas A e C, selênio, cromo, zinco, entre outros, são aliados na luta contra os oxidantes", destacou a dermatologista.
O cirurgião plástico Eduardo Lange, da Clínica Lange da capital paulista, contou que levam entre cinco e dez anos para os efeitos do fumo começarem a ser perceptíveis na pele e, mesmo que a pessoa pare de fumar, alguns estragos são definitivos: "a flacidez da pele e as marcas de expressão ao redor da boca não regridem. O que pode melhorar é a cor da pele, ficando mais viva, menos pálida, mais luminosa, mas jamais voltará a ser o que era antes", contou.
Por causa do alcatrão e da nicotina, as unhas ficam amareladas e os cabelos tendem a cair. "Como as células envelhecem, a imunidade acaba sendo afetada e há uma piora em problemas como acne, psoríase, lúpus etc, além de o fumante ter mais chances de desenvolver alguns tipos de câncer, pois durante a tragada, ele ingere mais de 100 substâncias cancerígenas como um todo", contou Danielle.
Quem quer se submeter a uma cirurgia plástica tem de estar ciente dos riscos, informou Lange, já que são maiores as chances de sangramento e complicações na cicatrização - tanto que há médicos que não operam quem fuma. "Não adianta parar de fumar um tempo antes da cirurgia porque os riscos de má cicatrização continuam", disse Lange, citando que os fumantes passivos altamente expostos ao cigarro também padecem pela inalação da fumaça tóxica do produto.
Se o problema não são as rugas, fica um outro alerta às mulheres: cigarro é amigo íntimo da celulite, ajudando os furinhos a se fixarem na pele. "Como há uma dificuldade de circulação e oxigenação das células, há uma piora significativa na celulite e na flacidez", explicou a dermatologista.
Sorriso amarelo
Artur Cerri lembrou que não há uma quantidade segura de fumo. Assim, não adianta dizer que fuma apenas socialmente ou que traga apenas dois cigarros por dia, pois o prejuízo é praticamente o mesmo e o hábito prejudica a saúde como um todo e, na boca, não é diferente.
"As substâncias químicas do cigarro ressecam a boca, inibindo a proteção que a saliva exerce. Temos mais de 300 bactérias diferentes na cavidade bucal, protegendo os nossos dentes. Com o ressecamento, diminuem os anticorpos e aumentam as cáries. Além disso, há problemas de gengiva pela dificuldade de circulação e o escurecimento dos dentes por impregnação de nicotina e alcatrão, retirando a proteção natural e levando à perda prematura dos dentes."
Por causa do ressecamento, muitos fumantes acabam bebendo mais, mas, por vezes, optam pelo álcool para "matar a sede", prejudicando ainda mais a saúde e a beleza bucal. "É importante destacar que a mucosa bucal é bastante sensível e o aumento da temperatura causada pelo cigarro acaba levando a mucosa a se adaptar, produzindo queratina semelhantes à da pele para aguentar o calor. É como se surgissem células uterinas no nariz, algo contra a sua biologia", contou o dentista. Outro problema é o mau hálito pela falta de nutrientes nas gengivas, em decorrência da má circulação. "E a pessoa não sente o próprio cheiro", destacou o dentista, que lembrou que o fumante tem mais chances de desenvolver câncer de boca, que leva à amputações e também à morte. "Surgem manchas vermelhas ou brancas, indolores, em locais pouco examinados, como o assoalho bucal e a lateral da língua. Quando a pessoa descobre, pode ser muito tarde. Antes era um problema que afetava gente mais velha e hoje afeta os jovens. Cabe ao dentista conversar e orientar seu paciente sobre estes riscos e examiná-lo detalhadamente para um diagnóstico precoce", contou.
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