Saiba o que os pais devem fazer para o primogênito não se sentir ameaçado e sofrer
Rio - Era uma vez uma menina considerada a princesinha do lar. Todo mundo que ia visitá-la, ficava espantado com sua beleza e graciosidade. A princesinha comandava todas as atividades da casa: desde o cardápio do almoço até o programa de televisão que a família iria assistir à noite. Um dia, porém, a mãe da princesinha engravidou. E quando o irmãozinho da princesinha nasceu, ela chorou, bateu o pé, esperneou. Nada adiantou: ela perdeu o trono e ele virou o novo príncipe da casa.
É essa a sensação de ameaça que a maioria das crianças sente com a chegada de um novo integrante na família. A insegurança de ter que dividir o espaço, as atenções e os carinhos do pai e da mãe faz com que o pequeno primogênito comece a achar que será menos amado e até excluído do núcleo familiar. Para ajudá-la a digerir a ideia, a solução é o diálogo, afirma a psicóloga Valésia Vilela, especialista em família.
“Os pais devem começar a conversar com a criança ainda na gestação, preparando-a para as mudanças que irão ocorrer. Devem explicar que, apesar da chegada do bebê, a criança vai continuar sendo amada, e cada um terá seu próprio espaço” explica a psicóloga.
Se a criança se sente ameaçada, pode sofrer a chamada “regressão”. O problema ocorre normalmente com crianças que têm até cinco anos de idade. Elas voltam a fazer xixi na cama, chupar chupeta e até pedir para que os pais deem comida na boca — uma forma de declarar que, assim como o novo irmãozinho, também precisa de cuidados especiais.
“Na tentativa de chamar a atenção para o que está sentindo, a criança, muitas vezes, começa a fazer birras e a apresentar alguma hostilidade, comportamento de recusa ou mesmo uma aproximação excessiva de um dos pais”, reitera a psicóloga do CPPL, Rafaela Paixão.
Nesses casos, o pior que os pais podem fazer é brigar com a criança, que pode se sentir ainda pior.
“Como eu disse, é preciso dialogar sempre e dizer para a criança que ela é amada. Se não adiantar, converse de novo. Mas se o problema continuar, o ideal é procurar um psicólogo”, orienta Valésia.
Andrea Miranda, mãe de Rafael, 3, e Isadora, 1: “Ele fala que é o primeiro amor, pois nasceu antes”
“Sempre conversei muito com meu filho e consegui passar tranquilidade para ele. Mesmo assim, o ciúme bate. Chupeta, por exemplo, ele usa pra dormir, porque vê ela usando. Também pede colo. Mas consigo separar um tempo para cada um”.
Amanda Pires, mãe de Renan, 6, e Alice, 6 meses: “Ele ama a irmã, mas morre de ciúmes dela”
“Desde que ela nasceu, ele começou a tentar chamar atenção, a regredir. Enrola para tomar banho, para que eu ajude. Demora a comer, para que eu dê na boca, enfim, tenta ter atitudes de bebê, para que receba os mesmo cuidados. Está com ciúmes”.
É essa a sensação de ameaça que a maioria das crianças sente com a chegada de um novo integrante na família. A insegurança de ter que dividir o espaço, as atenções e os carinhos do pai e da mãe faz com que o pequeno primogênito comece a achar que será menos amado e até excluído do núcleo familiar. Para ajudá-la a digerir a ideia, a solução é o diálogo, afirma a psicóloga Valésia Vilela, especialista em família.
“Os pais devem começar a conversar com a criança ainda na gestação, preparando-a para as mudanças que irão ocorrer. Devem explicar que, apesar da chegada do bebê, a criança vai continuar sendo amada, e cada um terá seu próprio espaço” explica a psicóloga.
Se a criança se sente ameaçada, pode sofrer a chamada “regressão”. O problema ocorre normalmente com crianças que têm até cinco anos de idade. Elas voltam a fazer xixi na cama, chupar chupeta e até pedir para que os pais deem comida na boca — uma forma de declarar que, assim como o novo irmãozinho, também precisa de cuidados especiais.
“Na tentativa de chamar a atenção para o que está sentindo, a criança, muitas vezes, começa a fazer birras e a apresentar alguma hostilidade, comportamento de recusa ou mesmo uma aproximação excessiva de um dos pais”, reitera a psicóloga do CPPL, Rafaela Paixão.
Nesses casos, o pior que os pais podem fazer é brigar com a criança, que pode se sentir ainda pior.
“Como eu disse, é preciso dialogar sempre e dizer para a criança que ela é amada. Se não adiantar, converse de novo. Mas se o problema continuar, o ideal é procurar um psicólogo”, orienta Valésia.
Andrea Miranda, mãe de Rafael, 3, e Isadora, 1: “Ele fala que é o primeiro amor, pois nasceu antes”
“Sempre conversei muito com meu filho e consegui passar tranquilidade para ele. Mesmo assim, o ciúme bate. Chupeta, por exemplo, ele usa pra dormir, porque vê ela usando. Também pede colo. Mas consigo separar um tempo para cada um”.
Amanda Pires, mãe de Renan, 6, e Alice, 6 meses: “Ele ama a irmã, mas morre de ciúmes dela”
“Desde que ela nasceu, ele começou a tentar chamar atenção, a regredir. Enrola para tomar banho, para que eu ajude. Demora a comer, para que eu dê na boca, enfim, tenta ter atitudes de bebê, para que receba os mesmo cuidados. Está com ciúmes”.
POR CLARISSA MELLO
O Dia
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Ciúmes do irmão Ciúmes do irmãozinho(a)
A chegada de mais um membro na família pode deixar o irmãozinho mais velho inseguro, aguçando o ciúme. Antes, o mundo era só da criança maior, agora terá que ser dividido com um “novo intruso”, principalmente em relação à atenção dos pais.
A sensação de estar excluído é comum e esse sentimento pode causar uma contradição dentro da criança, que associa a chegada do bebê com a perda do posto de "rei da casa" e ao mesmo tempo deseja ser sua amiga.
A demonstração do ciúme pode variar de criança para criança. Algumas ficam desobedientes com choros e birras, outras se tornam agressivas com os pais ou com o irmãozinho mais novo. Tem também aqueles que regridem no comportamento, voltando a usar chupeta ou mamadeira e não controlando mais o xixi e cocô. Para completar a histeria, alguns “abandonados” voltam a falar infantilmente.
Essas são condutas que têm o único objetivo de chamar a atenção dos pais, tios e avós. É importante que os pais tenham paciência, pois o ciúme é uma reação emocional normal e tem que ser resolvido com muito diálogo e compreensão.
Mas o ciúme não é tão ruim como se pensa. A chegada do irmãozinho criará limites para o mais velho que aprenderá a viver em sociedade e desenvolverá de forma positiva seu relacionamento afetivo e social.
Para que o ciúme não se torne um sofrimento para a criança mais velha, a vinda do irmãozinho tem que ser esclarecida desde o começo da gravidez, dizendo que um nenê vai chegar e precisa de um espaço para dormir como ele, de roupas para não sentir frio, se alimentar no peito da mamãe como ele também fez e vai chorar muito, só podendo brincar depois que crescer, mas que poderá ajudar nos cuidados com o irmãozinho.
Alterações na rotina da criança maior, como ir para a escolinha ou mudança de quarto ou de quem cuidará dela, deverão ser feitas bem antes do nascimento ou depois da adaptação com o bebê. Assim as perdas não serão associadas com a chegada do irmãozinho.
Ao nascimento, não se descuide daquele que, até o momento, ocupava todos os espaços. Eleve a auto-estima da criança, potencialize suas qualidades e as vantagens de ser o mais velho. Atribuir-lhe responsabilidades sobre o irmão também ajuda na integração, já que se sente útil.
Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho.
A chegada de mais um membro na família pode deixar o irmãozinho mais velho inseguro, aguçando o ciúme. Antes, o mundo era só da criança maior, agora terá que ser dividido com um “novo intruso”, principalmente em relação à atenção dos pais.
A sensação de estar excluído é comum e esse sentimento pode causar uma contradição dentro da criança, que associa a chegada do bebê com a perda do posto de "rei da casa" e ao mesmo tempo deseja ser sua amiga.
A demonstração do ciúme pode variar de criança para criança. Algumas ficam desobedientes com choros e birras, outras se tornam agressivas com os pais ou com o irmãozinho mais novo. Tem também aqueles que regridem no comportamento, voltando a usar chupeta ou mamadeira e não controlando mais o xixi e cocô. Para completar a histeria, alguns “abandonados” voltam a falar infantilmente.
Essas são condutas que têm o único objetivo de chamar a atenção dos pais, tios e avós. É importante que os pais tenham paciência, pois o ciúme é uma reação emocional normal e tem que ser resolvido com muito diálogo e compreensão.
Mas o ciúme não é tão ruim como se pensa. A chegada do irmãozinho criará limites para o mais velho que aprenderá a viver em sociedade e desenvolverá de forma positiva seu relacionamento afetivo e social.
Para que o ciúme não se torne um sofrimento para a criança mais velha, a vinda do irmãozinho tem que ser esclarecida desde o começo da gravidez, dizendo que um nenê vai chegar e precisa de um espaço para dormir como ele, de roupas para não sentir frio, se alimentar no peito da mamãe como ele também fez e vai chorar muito, só podendo brincar depois que crescer, mas que poderá ajudar nos cuidados com o irmãozinho.
Alterações na rotina da criança maior, como ir para a escolinha ou mudança de quarto ou de quem cuidará dela, deverão ser feitas bem antes do nascimento ou depois da adaptação com o bebê. Assim as perdas não serão associadas com a chegada do irmãozinho.
Ao nascimento, não se descuide daquele que, até o momento, ocupava todos os espaços. Eleve a auto-estima da criança, potencialize suas qualidades e as vantagens de ser o mais velho. Atribuir-lhe responsabilidades sobre o irmão também ajuda na integração, já que se sente útil.
Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo é a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender as suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho.
Bruno Rodrigues
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