A presidenta do Brasil será a primeira mulher a abrir os discursos da Assembleia Geral das Nações Unidas
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A presidenta Dilma Rousseff chegou na manhã deste domingo (18) a Nova York, onde participa nesta semana da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Em uma reunião que será marcada por um duelo diplomático entre Israel e Palestina, Dilma, a primeira mulher a abrir os discursos da Assembleia - o papel cabe ao Brasil - vai declarar apoio à criação oficial do Estado palestino.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, no discurso, que abre o encontro, na quarta-feira, Dilma dirá que passou da hora de o mundo reconhecer a existência da Palestina. Ignorando o desconforto que o apoio explícito pode criar entre americanos e israelenses, a presidente pretende reforçar a posição de líder internacional que o Brasil busca. A situação palestina não será um tema central, mas se encaixa em um dos tópicos preferenciais do Brasil: a mudança da geopolítica mundial, a necessidade de reforma da governança global e a abertura de espaço para novos atores internacionais.
O discurso ainda não está pronto. Além dos tópicos que a presidenta Dilma escolheu e das linhas gerais traçadas pelo Itamaraty. A versão final deve ser feita mesmo em Nova York, nos dias que antecedem à abertura da Assembleia-Geral.
Além da agenda na ONU, Dilma pode manter até sete encontros bilaterais com chefes de Estado. Nas reuniões com os presidentes dos Estados Unidos e da França, Barack Obama e Nicolas Sarkozy, respectivamente, Dilma pretende, segundo assessores, conversar sobre temas bilaterais, mas também questões que afetam a comunidade internacional como um todo. A presidente também deve se encontrar com os presidentes do México, Felipe Calderón, e da Nigéria, Goodluck Jonathan, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
Na segunda-feira (19), a presidente se reúne com Michelle Bachellet, ex-presidenta do Chile e chefe da agência ONU Mulher. Em pauta estarão os esforços conjuntos que podem ser desenvolvidos para incentivar a participação das mulheres em ações políticas e institucionais no mundo. Também nesta segunda, a presidente participa da reunião sobre doenças crônicas não transmissíveis cujo objetivo é discutir a prevenção e o controle no mundo com foco nos desafios sociais e econômicos.
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