O câncer de tireóide ocorre em qualquer idade, sendo mais comum após os 30 anos. O principal sinal de sua ocorrência é a presença de um nódulo indolor na tireóide detectado à palpação ou pela ultra-sonografia, que não altera os níveis sanguíneos dos hormônios tireoideanos. O tratamento oncologicamente mais adequado para o câncer de tireóide é a tireoidectomia total (retirada completa da tireóide) associada eventualmente à retirada de gânglios linfáticos do pescoço que estejam comprometidos pela doença.
Segundo especialistas, quando realizada por cirurgião especialista, o risco de complicações mais sérias decorrentes desta cirurgia, como a rouquidão permanente, é menor do que 1% dos casos. Após a cirurgia, alguns pacientes deverão receber um tratamento complementar com iodo radioativo e a indicação desse tratamento depende da análise em conjunto de uma série de fatores como idade, tamanho e agressividade local do tumor.
Programa de debates
Durante o simpósio, serão abordados temas importantes como reposição de hormônio tireoidiano no paciente idoso, novos recursos de imagem para a avaliação radiológica do nódulo tireoidiano, uso do PET-CT no câncer da tireóide, o papel do oncologista no câncer de tireóide, terapia de reposição fisiológica de hormônio tireoidiano, entre outros asuntos.
Um dos destaques será a apresznetação do Supervisor de Clínica Médica do HCor, Dr. Abrão Cury, sobre os danos ocasionados pela insuficiência na produção de hormônios tireoideanos e as consequências no organismo da população idosa. Segundo o especialista, os sintomas do hipotireoidismo em idosos vão desde a dispnéia aos esforços, intolerância aos exercícios físicos e cansaço fácil.
“Cerca de 2% da população em geral têm hipotireoidismo, sendo a prevalência na população acima dos 65 anos em torno de 17%. Os sintomas mais comuns nesses pacientes especiais são pele seca, queda de cabelo, fadiga, intolerância ao frio, hipotermia, entre outros. Para os pacientes acima dos 65 anos que se enquadram nesse perfil, indicamos reposição hormonal e o controle de quatro de quatro a seis semanas bem como a interação medicamentosa por meio de sulfato ferroso, cálcio e anti-ácidos, esclare Dr. Cury.
Pacientes portadores de hipotireoidismo precisam ficar atentos ao coração. Estudos revelam que de 10 a 25% dos pacientes com hipotireoidismo têm hipertensão arterial. “O hipotireoidismo facilita a doença arterial coronária e compromete de maneira significativa o aparelho cardiovascular, sendo muito importante o diagnóstico e tratamento inicial com o cardiologista”, explica Dr.Cury.
Sobre a tireóide
A tireóide é uma glândula endócrina localizada na parte da frente do pescoço que produz os hormônios T3 e T4, responsáveis por regular diversas funções do corpo, entre elas, as funções metabólica, cardíacas e vasculares. Os hormônios da tireóide (HT) controlam a frequência dos batimentos cardíacos, o ritmo adequado do coração e a pressão arterial. O descontrole da função da tireóide para mais (hipertireoidismo) ou para menos (hipotireoidismo) desregulam essas funções acelerando os batimentos cardíacos, aumentando a pressão, causando arritmias no hipertireoidismo e desacelerando o coração no hipotireoidismo.
A presença de nódulos tireoideanos detectados pela ultra-sonografia (USG) de rotina é comum, principalmente em mulheres. Felizmente, aproximadamente 95% desses nódulos são benignos. De acordo com a suspeita clínica ou pelos achados no USG, o especialista solicita a punção biópsia aspirativa do nódulo, no qual determina se o nódulo é suspeito para malignidade.
Folha
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