A “Greve das Pernas Cruzadas”, como ficou conhecida, acabou na cidade de Barbacoas, zona rural da Colômbia. As mulheres toparam retomar “as atividades” depois que foram iniciadas as obras de pavimentação da estrada que liga o município às outras regiões do país.
A greve de sexo começou em junho e, em agosto (até que demorou, hein?!), as autoridades locais concordaram em asfaltar a estrada. Mas, para garantir que não seria apenas uma promessa de político, as moradoras decidiram continuar a greve até o início das obras.
É difícil acreditar que o movimento tenha se mantido coeso por tanto tempo, mas o prefeito de Barbacoas, Jose Arnulfo Preciado, disse à agência de notícias AP que sua mulher dormiu em um quarto separado durante o período. Ele diz que até se submeteria ao teste do polígrafo, que detecta mentiras, para comprovar a seriedade da greve.
A greve de sexo das colombianas foi bem-sucedida. Quando a estrada estiver pronta, todos economizarão 6 horas para percorrer seus 70 quilômetros. Mas será que cruzar as pernas é uma estratégia eficiente para conseguir ganhos sociais?
Para a ativista Leymah Gbowee, uma das ganhadoras do Nobel da Paz, anunciado na semana passada, foi. Em 2002, ela mobilizou mulheres de todas as religiões em uma greve de sexo que forçou os líderes a negociar o fim da guerra civil da Libéria, em 2003.
O expediente já foi usado outras vezes na história. A ideia até apareceu na peça Lisístrata, escrita na Grécia Antiga. No enredo, as mulheres se abstêm de sexo para reivindicar o fim da guerra do Peloponeso, que opôs Esparta a Atenas.
Será que as brasileiras, em suas vidas pessoais, já usam essa estratégia para conseguir seus objetivos? Ou será que elas preferem o “charme” proposto por Gisele?
Será que ainda vai haver uma greve de sexo entre as brasileiras? Que causa seria forte o suficiente para mobilizar tanta gente? O fim da corrupção? A melhoria da saúde?
Época
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