Você acredita em testes de QI? Eles são conhecidos por “medir” a
inteligência de uma pessoa. Embora essa medição seja considerada
subjetiva e imprecisa por diversos pesquisadores, o teste fez muito
sucesso desde sua invenção, em 1912, pelo psicólogo William Stern. Foi
ele que criou a famosa sigla QI, que quer dizer Quoeficiente de
Inteligência.
Existem vários testes diferentes, mas a tradicional conversão em um
resultado numérico – cuja média entre os seres humanos gira em torno de
100 – só foi inventada mais tarde pelo neozelandês James Flynn, que se
especializou por décadas nesta medição. Em um recente teste feito por
ele, na última semana, as mulheres superaram os homens na inteligência
medida pelo QI, pela primeira vez na história.
Em um século de testes, a média do QI masculino via “método Flynn”
foi sempre classificado pelo menos cinco pontos à frente do feminino.
Muita gente sempre questionou a eficiência e legitimidade de
experimentos como estes, mas a novidade não deixa de ser notável.
James Flynn e sua equipe reuniram jovens de 15 a 18 anos em sua
maioria, em cinco diferentes países. No total, mais de cinco mil pessoas
foram postas à prova no teste Raven, em que o participante resolve
problemas de lógica. As mulheres obtiveram desempenho superior em todos
os países.
Efeitos da modernidade
A explicação do pesquisador Flynn para o crescente aumento do
desempenho feminino em testes de QI em relação aos homens é social:
aumentou o acesso das mulheres à educação e a atividades que
possibilitam maior desenvolvimento intelectual, oportunidades das quais
elas ainda costumavam ser privadas em um passado não tão distante.
Nos últimos cem anos, a média do QI dos seres humanos subiu três
pontos, mas as mulheres tiveram um aumento mais acelerado. Isso ficou
provado justamente porque a evolução feminina foi mais nítida nos países
onde as mulheres já conquistaram mais espaço e inserção social. [Live Science/Testes de QI/Principia Cybernetica Web, foto de Rita]
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