01 de maio de 2013
Após as críticas ao governo Dilma Rousseff por
conta da alta da inflação - realizadas durante o ato da Força Sindical
nesta quarta-feira, Dia do Trabalho - o secretário-geral da Presidência
da República, Gilberto Carvalho, afirmou que a presidente "está zelando
como uma leoa para garantir o direito dos trabalhadores" e que ela não
vai permitir que a inflação "corroa o salário dos trabalhadores", como a
oposição quer. Carvalho participou do ato da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangabaú, nesta tarde.Pela
manhã, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato do
PSDB à sucessão de Dilma, afirmou que a presidente "é leniente com a
alta dos preços". O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da
Silva, chegou a anunciar uma campanha para que os salários sejam
reajustados toda vez que a inflação somar 3%. Ele prometeu que os
sindicatos ligados à central vão se mobilizar para isso.O
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) saiu em defesa de Dilma.
Para ele, as críticas que a presidente sofre por conta da inflação neste
momento são uma "tentativa de antecipar o calendário eleitoral". Para o
prefeito, isso "não é bom para o Brasil".O
ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias (PDT), disse que haverá uma
reunião envolvendo a sua pasta, a presidente Dilma Rousseff e as
centrais sindicais no próximo dia 14. "A presidente estabeleceu
diretrizes para que avancemos nas negociações com os trabalhadores.
Vamos colocar em cima da mesa a pauta em função deste 1º de maio", disse
ele.Wagner Freitas, presidente nacional da CUT,
foi mais crítico em relação ao governo. Ele afirmou que Dilma não tem
mostrado disposição para negociar com os trabalhadores. Diz que não há
resposta para as negociações e que elas terão de trazer avanços para a
classe trabalhadora."Que (ela) não venha para a
negociação para dizer não para tudo. Se tem coisa para empresário tem de
ter para trabalhador", disse ele. Na pauta de reivindicações está a
regulamentação do trabalho das empregadas domésticas, a negociação com o
serviço público e a redução do jornada de trabalho para 40 horas
semanais, sem a diminuição dos salários."A questão
das domésticas é o seguinte. Passou no Congresso, mas se não
regulamentar, vai ficar do jeito que 'eles querem'. Sobre a jornada de
trabalho, com a desoneração da folha de pagamento, queremos em
contrapartida a redução da carga horária sem a diminuição dos salários. E
o setor público precisa ter um canal mais efetivo para negociar", disse
ele.De acordo com Freitas, se as reivindicações
não forem atendidas, os trabalhadores se mobilizar. "Se não atender
vamos para rua, teremos greve, faremos enfrentamento, manifestação, até
dobrar para que nós sejamos atendidos. Ninguém nunca nos deu nada.
Nossas capacidade de mobilização é a nossa principal virtude", disse.
- Terra
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