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“Ao alegar suas limitações, as pessoas dizem: “eu não posso
fazer tal coisa porque…” E, a desculpa comum é do tipo
– “é assim que eu sou”. Mas, a verdade mais provável é:
“é assim que eu penso que sou”.
Nós podemos aprender sobre nossas crenças estudando os peixes… Compre um aquário e divida-o pela metade com uma parede de vidro transparente. Depois
arranje uma tainha e uma barracuda– peixe que come tainha. Ponha cada
um de um lado e, no mesmo instante a barracuda vai avançar para pegar a
tainha só que… bumba!… entra de cara na parede de vidro. Ela vai recuar e atacar outra vez e… bumba!…
Em
uma semana a barracuda vai estar com o nariz bem inchado e, percebendo
que caçar tainha é sinônimo de dor, acaba desistindo. Aí, removendo a
parede de vidro sabe o que acontece? Ela passará o resto da vida no seu
lado do aquário; será até capaz de morrer de fome, mesmo tendo uma bela
tainha nadando a poucos centímetros dela. Mas como conhece seus limites
não vai ultrapassá-los. A história da barracuda é triste? É…sim. Pois
essa é também a história de todo ser humano.
Nós não colidimos com paredes de vidro, mas colidimos com professores, pais, filhos, amigosque nos dizem o que nos convém e o que podemos fazer. Pior ainda, colidimos com nossas próprias crenças – são elas que delimitam nosso território, é isso que alegamos para não ultrapassar os limites…
Ou seja, criamos nossas gaiolas de vidro e pensamos que é realidade. Na verdade é apenas aquilo em que nós acreditamos… Quase todos nós temos uma história, e nos rotulamos…
“eu
sou professor”, “eu sou avó”, “eu sou mãe”, “eu sou marido”, eu sou…eu
sou…eu sou…isto ou aquilo, eu sou… Essa nossa história é como um
programa de computador instalado entre nossas orelhas, que nos controla a
vida…
Nós
o levamos ao trabalho, nas viagens de férias, nas festas… enfim
passamos a vida tentando nos adaptar à história… Tentar ajustar-se a uma
história torna qualquer um infeliz… Eis então a dica: você
não é a sua história e ninguém dá a mínima para isso. Você não pertence
a uma categoria, a um compartimento. Você é um ser humano justamente
porque tem uma série de experiências. E, quando você parar de arrastar
uma história por aí, você vai ser muito mais feliz.”
Andrew Matthews
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